E agora?

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Pov Alice :

Eu estava num quarto do hospital após ver meu ex melhor amigo.. É estranho pensar que ele antes era a pessoa que eu podia confiar, e fazia palhaçadas, me sentia livre ao seu lado, como nunca havia sentido. Quando fui sequestrada, pensei que ele iria no mínimo se preocupar comigo..

A todo momento Biancca me mandava mensagens, meus filhos morriam de saudades de mim, e eu deles. Meu pequeno João ligou, nós conversamos um longo tempo, quando desligo me deparo com a seguinte cena

- " E o nós? Não existe mais? "

Era isso mesmo? Daniel Lancaster gritando na minha porta? Minha única reação foi olhar para o mesmo e não sei o  por que... Eu sorri, no momento, ele me olhou e como conheço bem meu loirinho, ele deve estar pensando como pode ser tão burro de chegar em meu quarto e gritar.

- É... Desculpe Alice - O mesmo se desculpando deixando aparente sua vergonha

- Não foi nada, era meu filho no telefone - Respondi meu ex, fazendo com que ele me reeprendesse

- Nosso filho, não acha?

No momento que ele disse " Nosso " algo em mim despertou, como um ódio, uma raiva de mãe, ele nunca aceitou meus filhos e ainda quer se achar pai deles?

- Não, eles são meus filhos. - Dizia tentando não aparentar minha raiva, não posso perder a cabeça com esse homem

- Eu ajudei a fazer eles, ou seja sou pai tanto quanto você é mãe! - Daniel se defendia me deixando ainda mais brava

- Eu os criei, criei sozinha, e os assumi, coisa que você nunca foi homem o suficiente pra fazer, e por favor, saia desse quarto, não quero mais te ver aqui. - Eu precisava de um tempo pra mim, ele se acha pai dos meus bebês, está bem enganado.

Quando as palavras foram cuspidas de minha boca, ele veio em minha direção, chegou bem perto de minha maca, aproximou bem seu rosto, já dava para sentir o hálito de menta em meu rosto.

- Eu sou homem suficiente para fazer isso? - Disse bem próximo a mim olhando em meus olhos

- Isso o que? - Disse vidrada em seus belos olhos verdes

- Isso aqui. - Me respondeu e selou nossos lábios, me fazendo explorar a extensão de sua boca por completo, sentir o doce gosto da menta que sentia em meu rosto, sua língua doce em minha boca paralisou meu corpo. Esse homem mexe com meu psicológico.

A droga do ar acabou, dando fim ao beijo que para mim poderia nunca ter fim. Nós nos entre olhamos, sua boca se encontrava rosada por conta do batom que eu usava até pouco tempo atrás.

Eu não acredito que depois de anos, senti o gosto da boca que tanto amo, os anos que passei com Théo não se comparam dos que vivi com Daniel, ele era rude e frio, enquanto Daniel era carinhoso e sempre me deu as coisas que mais amo na minha vida.

- Precisava sentir seu cheiro, seus toques novamente, Alice. - Ele dizia olhando para o chão, provavelmente se arrependendo do ato feito a pouco

- Eu também precisava sentir seus carinhos Daniel, seus filhos também precisam... - Era pesado lembrar que o pai deles os abandonou ainda pequenos, e ainda chamou a mãe de um monte de coisas.

Ele olhou pra mim novamente e selou nossos lábios, no meio do beijo falou sussurrando

- Alice, casa comigo?

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