Epílogo

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P O V Alice

5 Anos depois ...

O gosto azedo que se encontrava em minha boca era suficiente para me fazer vômitar ainda mais, todo meu almoço estava reunido nesta privada, meu corpo pedia cama e eu pedia meu marido. Daniel havia viajado para ver sua mãe que estava doente, eu estava em casa apenas com as crianças, meus filhos completavam seus 10 anos, e a pequena Luana já tinha 9, eu não sabia o que tinha, a vontade de ir para cama e ficar deitada era maior que a saudade de meu marido, sei que pode parecer cansaço apenas, mas as crianças estão na escola, eu só ajudo no dever de casa e olhe lá. Dou descarga e lavo minha boca, escovando os dentes logo em seguida abrindo a porta do banheiro encontrando cinco criaturinhas penduradas na porta.

- Mãe, é a 2 vez que você passa mal, o que a senhora tem? - Dizia Amanda com os braços cruzados.

- É só um mal estar, já vai passar, cadê a Marianna? - Mudei de assunto para não preocupa -los

- Já fez nosso almoço, vamos lá comer - Dizia Luana me puxando junto com João

- Vamos lá - Respondia dando gargalhadas junto com meus filhos.

Ao chegar a sala, encontro a mesa toda arrumada, com todos sentados em seus respectivos lugares. Sempre gostei de casa cheia, depois de " adotarmos " Luana, a casa que já era lotada, virou a casa da mãe Joana, ou melhor, mãe Alice.

Todos começam a comer, até ouvirmos o trinco da porta ser aberto, não poderia ser, me virei e vi Daniel com malas nas mãos, e lindo como sempre.

As crianças correram e abraçaram o pai, ele sorria olhando para os mesmos e sorria para mim, eu olhava para meu marido, no momento me veio um enjoo  e tive que sair correndo vomitar novamente.

Levanto correndo e entro as pressas no banheiro, o gosto ácido já sobia por minha garganta, quando ouço na porta uma voz masculina 

- Amor? Você tá bem? - Perguntava Daniel na porta do banheiro

- É, eu to ... - Fui interrompida por um jato quente e ácido que veio a minha boca, precisei cuspi - lo

No momento que estava colocando os restos para fora, meu marido invadiu o banheiro me vendo naquele estado deplorável.

- Vamos no hospital, Alice. - Ele dizia determinado a tal ato.

Segui o mesmo até nosso quarto, vesti um vestido branco de renda e calcei as sandálias, me sentei na cama por conta de algumas tonturas que me vinham a cabeça, mas logo tive de levantar pois Daniel já me chamava. Me despedi de meus filhos e entrei no carro, o caminho foi um silêncio perturbador, logo chegamos a emergência. 

Preenchemos a ficha, e logo fomos chamados. Entrando no local, logo me vieram memórias da primeira vez que estive aqui, estava grávida dos quadrigêmeos, eram muitas lembranças. O médico me perguntou o que eu sentia, e logo lhe respondi que eram vômitos, enjoos e tonturas. Ele me olhou sério e logo deu uma longa risada, fiquei por alguns estantes sem intender o motivo da gozação do mesmo.

Ele me guiou até uma cadeira, e eu já previa o meu futuro. O médico então pegou um gel da cor de damasco e esparramou por minha barriga, era gélido o que me fez dar uma fina risada, puxando um sorriso de lado do Daniel. Em poucos estantes vemos uma forminha no monitor, ela era do tamanho de um feijão, o doutor então , desligou os aparelhos e limpou minha barriga nos chamando novamente para sua sala de atendimento. 

- E então doutor? - Dizia meu marido ansioso pelo resultado quase certeiro em meu ponto de vista

- Parabéns, papai e mamãe, vocês estão grávidos. 

A confirmação do diagnóstico, fizeram vários fogos de artifício explodirem em meu peito, eu ia ser mãe outra vez, e agora meu marido iria me acompanhar, ele sorria igual a mim, nos dois estávamos completos, agora seriam eu e ele, e 6 crianças, ia ser uma aventura como nunca imaginei antes, mas, seremos nos dois dessa vez. 

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