Silver - Supercorp

Pequena Morte

Era o começo da madrugada naquela sexta-feira em National City. Lena estava em uma das suas casas noturnas favoritas bebendo entre sua segunda ou terceira garrafa de vodca, por isso já não estava se importando se as pessoas estavam julgando por seu estado levemente bêbada. E por levemente eu digo muito. Antes do que ser julgada por ser uma Luthor.

Com um copo quase vazio e pessoas que acabou de conhecer - jurava que eles seriam seus melhores amigos a partir daquele momento -, ela encarava pela parede de vidro da sala vip a multidão na pista de dança. Foi quando seus olhos captaram a cena mais bonita que já viu.

Entenda, ela não era uma observadora, ela era uma pessoa que mais agia. Mas quando viu a garota loura dançado como se fosse a única pessoa do mundo, movendo os quadris e mãos lentamente como se quisesse hipnotizar alguém... Bem, ela estava fazendo aquilo com Lena.

Como se estivesse um sensor, a loura olhou para Lena assim que a ouviu suspirar. Ela sorriu de lado e balançou o quadril no ritmo mais provocante. No meio daqueles corpos, um homem de cabelos escuros abraçou a loura por trás e ela colocou as mãos dele em sua cintura.

Lena sentiu um ciúme irracional. Ela queria trocar de lugar com aquele cara, queria tocar a loura de forma íntima como ele estava tocando-a. "Merda," Lena pensou, "eu a quero."

Quando a música acabou, a loura se virou para o homem e sussurrou algo em seu ouvido. Ele balançou a cabeça em concordância e andou em direção para o bar. A garota olhou para Lena mais uma vez de tomar direção para a porta de saída.

Lena com uma pressa cambaleante, pegou sua bolsa e acenou um adeus para os seus melhores amigos. Estava frio no lado de fora e o curto vestido azul que usava não era, obviamente, o tipo de roupa para se esquentar.

Ela olhou os dois lados da rua, mas não havia sinal daquela linda loura. Desapontada, Lena andou pela calçada procurando em seu telefone o número do táxi.

"Por um momento eu achei que não iria me seguir." Lá estava ela. Os louros perfeitos dançando ao vento, o vestido preto abraçando seu corpo fazendo com que cada curva ser notada. A garota ajustou os óculos antes de falar novamente "Meu nome é Kara." Ela estendeu a mão para Lena.

Quando Lena pegou a mão de Kara, a loura a puxou mais próximo ao seu corpo, a outra mão devidamente colocada na cintura de Lena. Kara sorriu um pouco, ela gostava do jeito que Lena agia perto dela.

"Eu sou Lena... Porra!" Aquela com o cabelo escuro exclamou. Kara a tinha pressionado contra a parede fazendo a outra ficar surpresa.

"Você tem lindos olhos, Lena... Porra." Kara riu um pouco e Lena estaria também se os lábios da loura não estive em seu pescoço.

"Eu... Eu..." Lena gaguejou. Ela xingou para si mesma, não era idiota daquele jeito, ela era confiante. Mas Kara sabia exatamente o que fazer com ela. "É um prazer em te conhecer, Kara."

"Você não faz ideia, Lena." Kara disse o nome da outra só porque ela gostava do jeito que soava.

Lena não conseguia lidar outro segundo sem sentir os lábios de Kara nos seus e foi isso que ela fez. Kara sobressaltou com surpresa, mas logo tinha tomado o controle do beijo.

Kara segurou o cabelo de Lena e aprofundou mais o beijo. A morena em sua embriaguez, já não se importou com os pequenos gemidos que fazia quando Kara começou a tocá-la.

Lena nunca imaginou que um dia estaria aos beijos com uma estranha em um beco no meio da madrugada.

Lena apoiou a cabeça na curva do pescoço de Kara e levantou um pouco mais a perna esquerda. A loura aproveitou para acelerar o ritmo de seus dedos, fazendo Lena gemer com mais frequência.

Quando atingiu o ápice, Lena mordeu o pescoço de Kara a fazendo grunhir de desejo. "Se eu esquecer disso amanhã eu nunca vou me perdoar." A morena disse quando sua respiração voltou ao normal.

"Farei com que não esqueça." Kara respondeu olhando para aquele olhos verdes que Lena possuía.

Lena segurou os dois lados da cabeça de Kara e o beijo foi mais selvagem dessa vez.

"Ótimo, já tenho uma ideia para onde te levar."