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CAPÍTULO 8. O baile de gala
CHANYEOL ME ENCAROU CONFUSO ao ver os vestidos que eu trouxera de um ateliê super chique no centro da cidade. Estávamos na sala os três: ele, eu e Baekhyun. Eu não apreciava muito este último, mas se havia algo em que ele era bom além de piadinhas degradantes feitas à mim, esse algo era moda.
A namorada de Baekhyun era uma estilista muito profissional e icônica, e tinha um canal bem popular no Youtube. Como ela não pôde comparecer naquela noite (estava no seu evento com os fãs), tive que morder a língua e convidá-lo, já que ele tinha quase tanto talento quanto a garota.
Vesti o primeiro vestido: verde, reto no tronco mas cheio de babados na saia. Havia alguns detalhes extravagantes em veludo dourado no final dela, muito bonitos. Porém, Baekhyun achou totalmente o contrário: “Você… está parecendo uma árvore de natal.”
Ele usava uma blusa branca com calças jeans cheias de rasgos e uma jaqueta jeans repleta de retalhos vermelhos por cima, além de vários anéis na mão. Olhou para mim de cima a baixo expressando desgosto e virou o rosto, bagunçando o cabelo platinado.
“Não está tão ruim”, Chanyeol interviu, tentando enxergar algo de bom naquele vestido. Não entendia como ele e Baekhyun eram amigos. Ambos eram tão diferentes.
“Se a Taeyeon estivesse aqui, ela provavelmente queimaria esse troço”, ele apontou para mim. “E você teria que pagar depois.”
“Certo. Ninguém vai queimar vestido nenhum”, joguei meus braços para cima e compreendi o fiasco que seria gastar tanto dinheiro em um vestido feio daquele.
Entrei no meu quarto e coloquei o segundo vestido, uma peça mais ousada de cor vinho e um decote sutil no colo. Quando saí para mostrá-lo, quase fui chutada de volta.
“Meus olhos!”, Baekhyun gritou e colocou a jaqueta na frente da cara. “É melhor você se virar e trocar o vestido se não quiser ser confundida com uma dançarina do Moulin Rouge.”
Eu pensei que fosse sutil.
“Esse estava bonito também”, ouvi Chanyeol comentar antes de eu entrar no quarto novamente. Eu admirava o otimismo dele, mas não o senso de moda.
Só havia pego três vestidos que cabiam no meu orçamento, os mais baratos daquele lugar (o que já era muito para mim). Se o último não funcionasse, eu até mandaria uma Barbie no meu lugar se Yixing não houvesse aceitado o convite para me acompanhar. Talvez eu fizesse um DIY com um saco de batatas e lantejoulas.
Suspirei ao colocar o vestido, temendo o resultado. Este era uma peça longa, preta e de alças. A escolhi porque as pedrarias coloridas ao longo dela davam um toque mágico e pareciam delicadas, assim como eu queria parecer naquela noite. Pensei que ficaria muito brega em mim, então não tive muita esperança ao mostrá-lo para os garotos.
