*Adriana*
Eu simplesmente não posso acreditar. Meu Deus por favor me ajude. Agora o meu amigo está a beira da morte por culpa minha. Se eu pelo menos tivesse dado ouvidos a tudo o que ele me dizia sobre as canalhices do Gustavo, nós não estaríamos aqui...eu nesse banco de hospital e ele naquela cama de cirurgia.
_ Brunoooo, por favooor- grito desesperadamente quando o vejo cair ajoelhado no chão com uma faca cravada nas costas. Corro para abraçar o meu amigo e me apresso a retirar a faca e pressionar a cicatriz. Eu grito que nem louca para que a ajuda chegue e vejo pessoas a se aproximarem.
_O que você fez Gustavo??- gritou Sérgio quando viu que a diversão estúpida deles estava prestes a se tornar um homicídio.
_E-e-e-u... não queria.- Gustavo balbuciou e dava para notar um certo pânico na voz dele.
_ Caraa vc fudeu com tudo. Vamos dar um fora daqui antes que a polícia chegue e nos prenda. -Pedro apressou-se a dizer e começou a correr quando o som da ambulância e da Polícia se fez sentir. Sérgio também fugiu. Mas eu ainda conseguia sentir Gustavo estacionado atrás de mim.
_ Adriana, meu amor.- Gustavo pronunciou o meu nome e tudo o que eu consegui fazer foi lhe encarar.- Me perdoa.- pediu-me e fugiu tal como os outros.
Eu não consigo acreditar em como eu fui tão burra. Tão ingênua. Tão iludida nesta relação falsa.
Neste momento os meus olhos estão inundados de lágrimas mas o meu olhar transborda um ódio que eu nunca tinha sentido antes.
_Senhora Lopes?- perguntou o médico cirurgião. A senhora Lopes ou simplesmente Amanda, como ela prefere que lhe chamem, é a mãe do Bruno e neste momento ela está inconsolável e tudo o que eu consigo fazer é me sentir ainda mais culpada._Sim, senhor médico, como está o meu filho? Já podemos ver ele?- ela pergunta e eu já temo o pior.
_ Senhora Lopes, lamento mas neste momento o seu filho acaba de sair de uma operação e não poderá receber visitas. Quanto a cirurgia, ela correu bem, contudo serão necessárias seções de fisioterapia pois a faca atingiu nervos importantes na região medular o que poderá o impossibilitar de andar por um tempo.
_Não pode ser. Senhor Pai por favor ajude o meu pobre filho. O ajude- Amanda chora e soluça e eu sento-me ao seu lado na tentativa de dar o meu apoio, mas por dentro eu estou um trapo.
Amanda é uma mulher forte. Ela perdeu o marido faz algum tempo e sempre foi pai e mãe de Bruno. Ela não colocou as culpas em mim mas eu sinto como se tivesse sido eu a apunhalar o meu amigo. Meu Deus, me diga, o que será de Amanda, o que será do meu amigo e o que será de mim se Bruno nunca mais andar?
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Aprendendo a Te Amar
ChickLitBruno estava a beira dos 18 anos e, diferente dos seus amigos ele ainda era virgem. Mas o grande problema não era esse, mas sim o facto dele estar perdidamente apaixonado por Adriana, sua amiga de infância. Bruno guardava esse segredo a sete-chaves...