Capítulo 1

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Acordei cedo com minha irmã Jenifer me gritando eufórica, tínhamos marcado de encontrar uns amigos no shopping o que fazíamos quinzenalmente. Ela sempre fica assim por causa dos garotos, eu já sou mais na minha, embora tenhamos apenas dois anos de diferença, 19 e 17 anos, são idades bem distintas, mas maturidade vem da pessoa, nós podemos concordar em algumas coisas, mas somos bem diferentes.

- Ray levanta logo, vamos nos atrasar. — sinto as mãos dela me sacudirem.

- Para garota, me deixa dormir. — me enrolei mais e me encolhi.

- Não, levanta logo. — ela se deitou em cima de mim. - Nós sempre nos atrasamos por sua culpa. Não quero deixar o Daniel e o Josh  esperando. — ela me apertou.

- Saiiii. — reclamo.

- Não. Levanta logo. Que roupa vai usar? — sinto ela sair de cima de mim e suspiro aliviada, a olho e a vejo abrir meu armário.

- Vou nua. — brinco e me sento na cama.

- Ai credo. Eu não quero, mas os caras na rua vão adorar. — ela ri e pega uma calça e uma camisa de manga comprida.

- Vão mesmo, sou linda e gostosa. — prendi o cabelo e tirei a coberta de cima.

- Convencida. — ela põe a roupa na poltrona e fecha o armário.

- Convencida não, realista. — me levantei e fui até a roupa a olhando. - Essa blusa não. — andei até meu armário e peguei uma mais escura, separei meus all star e peguei a lingerie.

- Ui que delicia. — ela ri do lingerie. - Vai ficar ainda mais gata.

- E você vai vestir o que? — a olho e ela faz uma cara pensativa.

- Um vestido preto, curto. — fico séria e ela arregala os olhos. - Que foi?

- O que foi Jeni? Presta atenção né. Vestido curto? Só por cima do meu cadáver. — brigo com ela e ela faz cara de tédio.

- Para Ray, o que que tem demais? É só uma roupa. — ela tenta argumentar.

- Roupa de mulher e você é apenas uma criança, não é roupa para você. — me mantenho firme.

- Esta bem. Que saco isso. — ela me olha feio.

— Cara feia para mim é fome. Você tem shorts e calças lindas. Pode por um. — encerro o assunto e ela saiu do meu quarto.

[...]

- Temos que marcar mais de duas saídas dessas, é sempre muito bom. — Daniel comentou.

Já estávamos no shopping a quatro horas, tínhamos ido ao cinema, lanchado, depois ido a parte de jogos. E agora já estávamos comendo de novo. Jenifer e Josh estavam bem entrosados e eu não tirava os olhos de cima deles.

- Esta me ouvindo? — Daniel me chama e o olhei.

- Oi. Desculpa. O que disse? — ele repetiu o que disse. - Concordo. É sempre muito, divertido. — Sorrio.

- Esta pensando em que? — ele pergunta curioso.

- Seu primo e minha irmã. — aponto.

- Relaxa ele é uma boa pessoa. — ele disse sendo sincero.

- De boas pessoas o inferno esta cheio. — retruco e olho a hora. - Já esta tarde, melhor irmos. — termino meu lanche e ele faz o mesmo.

Logo nos despedimos, já eram umas dez da noite não queria que nossa mãe brigasse conosco e nem que fôssemos assaltadas. Andamos juntos até o ponto de ônibus e eles esperaram que pegássemos o nosso.

Acenamos enquanto ônibus que estávamos ia embora.

- Ray, eu queria te fazer uma pergunta. – a olho esperando. - É que... — ela suspira e parece tentar criar coragem.

- O que foi Jeni? — a olho preocupada.

- Eu queria ficar com o Josh, mas não quero te chatear. — ela faz uma meia careta e suspiro.

- Não vou ficar chateada. Só não quero que se machuque.

- Não vou. — ela sorriu confiante.

- Espero. — sorri sincera.

[...]

- Boa noite. — Disse da porta do meu quarto a olhando. Já tínhamos chegado e contado  à mamãe o que tinha acontecido, vestimos nossos pijamas confortáveis e estávamos prontas para dormir.

- Boa noite. — ela sorriu e acenou entrando no quarto dela.

A vejo fechar a porta e entro no meu quarto, apago a luz e me deito, pego o celular e checo umas mensagens.

Nada de bom.

Posto as fotos que tiramos e me lembro que não tomei o café que queria. Havia esperado a idá ao shopping para fazer isso e me esqueci por completo. Dou um suspiro pesado já me sentindo cansada.

Amanhã Ray, amanhã você passa na cafeteria e se senta num canto saboreando seu café.

Fecho os olhos imaginando e acabo por cochilar e deixo o celular cair em meu rosto.

- Merda! — reclamo e choramingo. - Melhor ir dormir não quero quebrar o nariz. — falo para mim mesma como se me desse uma ordem.

Ponho meu celular no criado e me enrosco nas cobertas, estava frio como sempre na estação de outono, mas hoje pedia mais cobertas, estava diferente, me encolhi e fechei meus olhos sentindo o sono me pegar fazendo eu me perder dos meus pensamentos e entrar no mundo dos sonhos.

[...]

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Bom gente esse é o primeiro de muitos, tenho muitas idéias para essa estoria e gostaria muito da opinião de vocês sobre ela. Bjs e até o próximo...

Intensa || Z.M (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora