Intensa || Z.M (Livro 1)

Capítulo 16

Raysa

Depois que Zayn saiu tinha medo do que minha mãe podia dizer sobre ele ter vindo aqui, minha mente estava a mil,  todo o peso do mundo parecia estar nas minhas costas, enquanto estava a mesa eu parecia mergulhada num rio meus pulmões parecia se encher de cimento, por mais que minha face se demonstrasse calma, talvez desconfortável por dentro eu estava morrendo. Agradeci que no fim os dois tenham se dado bem, mas isso não quer dizer que eu esteja livre de ouvir sermão.

- Raysa? — é agora que eu morro.

- Sim mãe. — fui até ela e a mesma me olhou séria.

- Você gosta desse tal Zayn né? — assenti. - Ele parece ser um bom garoto, mas se ele fizer algo errado quero que me conte, porque ele vai se ver comigo. — sorri ao ouvir o que ela disse, jamais pensei que ela fosse gostar dele.

- Não vai, ele sempre me tratou muito bem. — eu tentei passar confiança a ela.

- Muito bem pelo visto. Nenhum cara te trouxe café, nem o Rob. — Jeni falou e um arrepio percorreu minha espinha e não era dos bons. Já tinha me esquecido de Rob e ela vem logo me lembrar dele.

- Pois é o Zayn é diferente mesmo. — dei um sorriso bobo ao me lembrar dele. -  Vou arrumar minhas coisas para amanhã. Tenho que sair cedo. — subi rápido e deixei as duas lá na sala antes que me prendessem lá e fizessem interrogatório sobre o Zee.

Mais cedo quando olhei o cel tinham mensagens de Rob e nem pude olha-las por causa de Zayn. Entrei no meu quarto e tranquei a porta, me sentei na cama e respirei fundo procurando forças para abrir as mensagem e ver as ameaças de Rob. Ele sabia ser um cara legal, mas quando não tinha o que queria sabia ser agressivo, embora comigo nunca tenha passado dos limites, até agora.

Rob

"Não te esqueci princesa, seu prazo esta acabando."

"Já estou imaginando nós dois juntos."

"Pensa bem no seu futuro.”

"Acho que vou remover um dia do seu prazo por causa da cena patética que vi.”

Ele com certeza anda me vigiando, preciso me livrar dele, mas como? Pensa Ray, pensa.

De repente uma luz clareou minhas ideias. Há dois anos quando eu ainda namorava o Rob nós fazíamos muitas besteiras, grafitávamos, bebíamos e eu no máximo fumava uma maconha, uma vez na vida eu tinha que provar e confesso que gostei, naquela época eu era bem louca, mas perto do Rob e seus outros amigos eu parecia uma freira, eles pegavam pesado sempre davam tp “teto preto” nas festas. Rob tinha sorte que eu sempre cuidava dele e não deixava ir ao extremo. Mas um dia...

Tínhamos resolvido fazer uma viagem para uma praia perto, mas ao mesmo tempo longe de onde eu moro. Minha mãe sempre confiou muito no Rob e acabou me deixando ir, dissemos que íamos para um lugar, mas na verdade estávamos indo para outro, éramos Rob, Enzo, Laura, Elisa Bryan e eu, seis. Bryan, Enzo e Laura eram os mais velhos e tiraram no palito quem ia ficar sóbrio e dirigir, Enzo perdeu ou seja seria o responsável da vez.

Quando chegamos ao local logo começamos a beber, acendemos uma fogueira quando a noite caiu, jogávamos conversa fora faziamos brincadeiras, mas Bryan não estava contente o suficiente, começou a usar as drogas que levou e a todo tempo tentava empurrar para cima da gente, eu negava.

Laura aceitou algo que não vi o que era e Elisa fez o mesmo, ela nem ia vir com a gente e de última hora ela mudou de ideia, saiu sem avisar a ninguém, e não foi uma boa ideia, ela foi encontrada no dia seguinte morta na praia.

Conforme as horas passavam mais doidos eles ficavam, eu segurava Rob para que não usasse nada que o matasse e Enzo me ajudava, mas isso não quer dizer que conseguíamos, Bryan queria que todos se divertissem como ele, e a diversão deu bem errado, Elisa usou algo que não devia, ou em quantidade errada e começou a ter uma overdose. Eu fui a única que implorei que a levassem ao hospital, mas os outros me ignoraram e a largaram ali, cobriram seus rastros e qualquer ligação que tivéssemos ali, Rob me arrastou para o carro enquanto eu chorava intensamente. A frieza deles me chocou muito.