What Happens in Dortmund... | football one shots [PT]

Stuck | Erik Durm

Antes de eu conhecer Erik eu li vários desses romances new adult, sabe!? Esses em que o mocinho é sempre meio ciumento e possessivo e a mocinha está tentando se virar na vida e não quer se deixar levar pelo mocinho, mas acaba caindo na dele mesmo assim.

Ah! E vale lembrar que nesses livros a mocinha é virgem em quase todos eles e o cara é meio metido com o mundo BDSM. E logo na primeira vez juntos ele consegue fazer com que ela curta esse duo de prazer e dor sem pensar duas vezes.

Pois é, isso não acontece na vida real. Bem, não na minha vida real, pelo menos.

Quando eu lembro do dia que eu perdi minha virgindade "embaraçoso" é a primeira coisa que me vem em mente, não essa montanha russa louca de orgasmos que as mocinhas descrevem. Essas eu acabei por descobrir um tempo depois.

E eu não sei você, mas essas mocinhas sempre me fizeram crer que sexo com esse tipo de homem é o melhor sexo possível (não que elas tenham alguma coisa para comparar, mas mesmo assim) e se você nunca experimentou esse tipo de sexo isso é provavelmente o que falta na sua vida amorosa.

Então, não é.

OK, pode ser, mas... Não.

Eu conheci Erik num clube que eu nem queria estar, pra ser sincera. Uma amiga queria comemorar algo que eu realmente não consigo lembrar e se recusou a me deixar em casa assistindo qualquer coisa que estivesse na TV. Então eu fui, apenas pra ser jogada de lado menos de uma hora depois porque ela encontrou um cara e eles estavam muito interessados em enfiar a língua na garganta um do outro. Eu lembro de andar por alguns minutos antes de encontrar um lugar para sentar e decidir o que fazer quando alguém sentou ao meu lado, praticamente no meu colo.

"Desculpa!" eu olhei pra cima pra encontrar um par de olhos azuis claros abertos em completo choque, aliados ao mais adorável par de bochechas vermelhas. "Alguém me empurrou e eu acabei desequilibrando. Desculpa novamente." se fosse possível as bochechas dele estavam ficando ainda mais vermelhas.

"Tudo bem." eu sorri e desviei o olhar.

Até hoje eu não sei como consegui manter a calma perto dele. Sabe aquele sentimento quando você conhece alguém e parece que toda a sua vida tava te guiando para aquele exato momento?! Parece estranho, mas foi o que eu senti quando olhei pela primeira vez nos olhos dele. Não tinha muito que eu pudesse fazer por mim mesma. Se nós estivéssemos em Vegas naquela noite eu teria pedido ele em casamento, acho que tenho que agradecer que não estávamos.

Eu sempre me considerei uma pessoa tímida, mas isso mudou na noite que eu conheci Erik, ele sim era tímido. Eu o peguei me olhando diversas vezes aquela noite, mas ele nunca disse nada, pelo menos não até eu resolver puxar assunto.

"O que você tá fazendo no canto mais entediante desse clube?" eu perguntei, ele virou a cabeça pra mim e sorriu. Eu mencionei o quão bonito ele é? Porque ele é! Sério, ele deveria estar desfilando e fotografando por aí e não sentado aqui comigo nesse clube.

"Na verdade eu não quero estar aqui." ele disse soando, de alguma maneira, culpado e eu sorri do quão adorável pareceu.

"Somos dois então. Minna, prazer." eu estendi a mão para ele que respondeu imediatamente.

"Erik."

Aquela noite nós acabamos em algum fast-food amaldiçoando os amigos que nos arrastaram para aquele clube horrível, mas não muito porque percebemos que não teríamos nos conhecido se não fosse por isso.

As semanas seguintes se passaram e nós nos víamos sempre que possível, ou seja, eu acabava encontrando ele no final do treino e sempre terminávamos na casa dele fazendo algo tão entediante quanto nós mesmos, como alguns jogos ou assistir a algum filme ou apenas conversar por algumas horas. E foi em um desses dias que tudo mudou.