Capítulo - 29🌷

3.6K 323 156
                                    

" Assim como a maior parte das nossas feridas têm origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas. E sei que quem olha de fora não percebe essa bênção."

William P. Young

Pérola corria pela grama verde com os pés descalços e sujos , seu vestido amarelo estava amarrotado e seu sorriso permanecia ali em sua boca sem que se desmanchasse , éramos como duas crianças no quintal gramado de casa debaixo do sol radiante da ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pérola corria pela grama verde com os pés descalços e sujos , seu vestido amarelo estava amarrotado e seu sorriso permanecia ali em sua boca sem que se desmanchasse , éramos como duas crianças no quintal gramado de casa debaixo do sol radiante da manhã de um sábado .
Assim como eu , Pérola herdava o gosto pelo Basquetebol e era uma grande fã dos Celtics , gostávamos de jogar juntos e minha irmã tinha a convicção de que alguém tão pequeno como ela poderia ganhar de alguém tão grande como eu , mas sempre carregava seu corpo pequeno até que alcançasse o aro da cesta fazendo vários pontos . A pequena dos cabelos esvoaçantes corria sem parar comemorando sua vitória com gritos agudos , Gabriela com risos sarcásticos comemorava minha derrota e Carmem sentada na cadeira de balanço aplaudia como nossa única platéia . Carreguei Pérola no colo e a girei pelos ares e a mesma semicerrou os olhos e abriu os braços para sentir o vento no rosto e o frio na barriga , ela levantou as mãos para o alto como se quisesse alcançar as nuvens e o céu azul , mas seus dedinhos apenas tocavam o vácuo .

Pérola - Ethan ! - A pequena exclamou - Quero tocar o céu - Ela diz enquanto se estica .

Ethan - Não é possível pequena - Tentei colocá-la no chão .

Pérola - Você consegue tocar o céu Ethan ? - Seus olhinhos azuis penetravam delicadamente os
meus .

Ethan - Não minha pequena - Fiz um cafuné em sua cabeça dando-lhe um sorriso - Mas , sabe de uma coisa ? Um dia vamos tocar o céu quando morarmos juntinho de Deus .

Meus olhos embaraçam , abria e fechava-os rapidamente na esperança de que voltaria a enxergar normalmente , levei minhas mãos até eles e os massagiei , mas ainda assim meus olhos viam apenas uma neblina . Andei cambaleando para a cadeira mais próxima e me sentei apertando a cabeça que começou a doer e parecia estar pesada , ela latejava a tal ponto de me fazer gritar e me ajoelhar no chão sem que tivesse forças novamente para levantar . Em meios aos gritos uma fraqueza surgiu junto com dores fortes nas articulações , Gabriela se desesperou quando disse que sangue estava escorrendo de minhas narinas , sentia como se alguém puxasse todo o ar de meus pulmões , eles me faltavam . Carmen gritou quando viu meu corpo jogado na grama e correu para chamar uma ambulância , Gabriela a todo o tempo dizia que tudo ía ficar bem e que eu precisava ser forte , a dor de cabeça então parou junto com meus gritos permitindo apenas o meu silêncio entrar em ação , não tinha mais forças para gritar , respirar ou me movimentar . Meus olhos viram apenas a escuridão .

A Bela e a Fera Onde histórias criam vida. Descubra agora