Reconhecendo o terreno

22 0 0
                                    

Fomos para o meu quarto e, antes de começarmos, conversamos sobre coisa qualquer que, ao fim ao cabo, terminou por distrair-me um pouco da minha vontade de ser possuído. Mais tarde, minha mãe bateu à porta, depois me disse que iria à rua fazer algo e que, provavelmente, demoraria um pouco, disse também que meu pai só chegaria do trabalho à noite, que era para eu ligar em qualquer eventualidade. Assim que minha mãe disse isso, minhas pálpebras dilaceram-se, ficaria sozinho com o Carlos e meus pensamentos eróticos/animalescos voltaram à tona. Eu já nem sabia mais o que estava fazendo quando minha mãe bateu a porta. Ao ouvir o som do carro saindo da garagem, fiquei sem ar, eu estava sozinho com ele! Sugeri que fizéssemos logo o trabalho, pois queria me livrar dele o quanto antes, ele concordou, sentou-se na mesma cadeira que eu, em frente ao computador, e começamos a digitar... O meu coração batia tão forte que pensei ele estar o ouvindo. "Você gosta de alguém na sala?", perguntou-me, de repente. "Sim, claro", respondi. "Quem?" ele insistiu, falei o nome de um dos meus amigos mais próximos. "Você não está entendendo, falo de gostar, gostar, como alguém para ficar". Senti a minha pressão cair naquele momento. "Sei lá...", fugi. "Você gosta?", repliquei. "Gosto, sim.", maliciou. "Quem?", interroguei afoito. "Renata", ele disse. Pobre coitado, mal poderia atrair uma pessoa qualquer, quanto mais Renata, a garota mais cobiçada pelos caras mais bonitos da classe. Ao menos, ao mencionar o nome dela, tentei me concentrar novamente na tarefa e dizer a mim mesmo que o fato dele pedir para fazer dupla comigo e, praticamente, se convidar para passar a tarde na minha casa, não tinha nada a ver com qualquer desejo dele por mim. Fui acalmando-me, aos poucos. "Um dia ela disse que gostava de mim", disparou. Não acreditei nem um pouco, mas concordei. "Pode ser", disse-lhe. "Você me acha bonito?" Perguntou-me. "Sim", respondi de forma seca. "Você me acha bonito, mesmo?", insistiu com uma fingida surpresa. Por um momento pensei que ele acharia que eu estava sendo educado demais para dizer um 'não', mas é claro, no fundo ele já tinha sacado que eu o queria. Daí abraçou-me e agradeceu ao elogio praticamente pedido. "Você também é muito bonito", disse-me, "você sabe, se eu... Se eu... sabe? Eu pegaria você". Achei aquilo desanimador. Desistindo de qualquer possibilidade de tê-lo, somente agradeci. 

 Depois de tudo aquilo, inventei uma desculpa qualquer e saí de perto dele indo buscar algo desnecessário da sala, quando voltei, ele me solicitou "posso me deitar?", olhou-me atento. "Claro", respondi. Ele deitou com as mãos na nuca e as pernas abertas, em minha cama. Arrebatadoramente, comecei a desejá-lo novamente. Tentando, inutilmente, voltar a minha atenção para o livro que tinha a mão, respondendo a algumas indagações dele, principalmente sobre Renata. "Olha pra mim, não sou tão descartável assim, sou? Tenho até um corpo atlético", disse ele levantando um pouco da blusa, mostrando a barriga. Eu não sabia o que fazer, nem mesmo o que responder. "Você quer tocar?", perguntou-me. Sorri, constrangido e fiquei em silêncio. Ele me perguntou novamente, deixei o livro cair e fui a sua direção. Eu estava tremendo e, certamente, ia ter aquele momento para sempre na memória. Comecei a apalpar a sua barriga devagar quando percebi as pontas dos meus dedos em chamas! Então apalpei com mais força, empunhava cada vez mais energia, seu abdômen era bastante definido e duro. "Agora pegue em meu peitoral", disse-me. Subi as minhas mãos por dentro da sua blusa, elas já estavam formigando e o meu coração já podia tremer todo o quarto. "Gostou?", perguntou-me o cretino, eu nem conseguia responder, estava de boca aberta e totalmente seca. "Pode pegar mais onde você quiser", declarou. Aquele ultimato chegou ao meu ouvido como se ele mesmo me tivesse pegado pelos braços e me jogado para cima. Não pensei duas vezes, fui em direção a sua boca, mas ele desviou, "disse tocar", falou o filho puta! Comecei a tirar a blusa de frio dele e, ao mesmo tempo, também a que ele tinha por baixo dela. Despi o seu tronco e comecei a lamber seus peitos.    

Sterek: animaleOnde histórias criam vida. Descubra agora