Acordei e tudo estava turvo. Olhei em volta e vi algumas pessoas que falavam uma língua muito estranha que mais parecia que estavam a praguejar. Havia uma senhora já de idade à minha direita e uma rapariga que me era estranhamente familiar à frente.
Levantei-me aos poucos e tudo parecia mais claro. As memórias foram voltando e os pensamentos retomados.
Quando me encontrava sentado olhei em frente e fiquei apavorado. A rapariga que estava à minha frente era Roxy.
- O que estás aqui a fazer? - perguntei apavorado.
- Calma!... Calma!... - dizia a senhora de idade com medo que eu tivesse um ataque e desmaiasse.
- Bem-vindo a Quattuor Genti! - disse Roxy.
- Onde? E como cheguei aqui?
- Já não te lembras? Foram as divindades Leben que te trouxeram aqui.
Percebi logo a quem ela se referia, mas antes disso a minha memória estava bloqueada. Por mim só não me conseguiria lembrar de nada sobre Sonne e Mond.
- Pelos vistos ainda t lembras de mim, mas mesmo assim vou fazer uma pequena apresentação para te elucidar. O meu nome é Roxy, tenho 14 anos e sou uma Von Erde.
- Aqui tens quatro grandes famílias: os Von Feuer, os Von Wasser, os Von Luft e os Von Erde - acrescentou a senhora de idade.
- Já agora, quem é a senhora? - perguntei.
- Eu sou a Nobis Domine da família Von Erde e o meu nome é Lapis Petram.
Pensei para mim mesmo «Que tipo de nome é Lapis Petram?», mas lembrei-me que estava num planeta completamente diferente. Tudo o que via à minha volta era colorido e vivo. Era estranho estar num lugar tão mágico depois de viver num sítio tão cinzento e sem vida.
- Tens procurar a tua arma para puderes começar a tua viagem - disse Roxy.
- Que viagem? - perguntei já que nem Sonne nem Mond me avisaram.
- Para ascenderes a Rei de Quattuor Genti tens que recolher as seis pedras elementais.
- Seis?
- Sim. Aqui os elementos contam com a luz e a escuridão, mas ninguém os consegue dominar.
- E quando partimos?
- Assim que tiveres a tua arma. Por falar nisso, o que é que escolheste? Será um arco? Ou uma espada?
- Uma caneta...
- Uma caneta?!
- Sim...?
- De todas as armas que podias ter escolhido foste escolher uma caneta?
- Disseram que era poderosa por isso acreditei.
- Vou tentar ignorar esse ponto... E sabes onde está?
- Não.
- Como é que não sabes?
- Ninguém me disse.
- E por que é que alguém te havia de dizer onde escondes-te as tuas coisas?
- Mas não fui eu.
- Foi o teu subconsciente.
- Uma noite bem dormida deve resolver o assunto - interveio Lapis.
Jantamos e conjunto com o resto da família Von Erde e depois deixaram-me dormir num dos quartos deles.
Achei os seus quartos enormes para uma só pessoa, mas quem sou eu para questionara os seus hábitos de construção.
Acordei de manhã como se estivesse a ser atraído para algum sítio. Essa intuição levou me até uma mesa com uma vela acesa, um copo de água, um jarro com uma flor e um pequeno assobio. A acompanhar esses objectos encontrava-se uma folha de papel e uma caixa de madeira com um emblema marcado na tampa.
Olhei para todos os objectos ali presentes e depois tentei abrir a caixa.
Ao abrir a caixa, uma luz muito forte e clara fez com que aparecesse a caneta dos elementos.
Sabia que estava pronto para a minha nova aventura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Water Drop
FantasyJames é um artista completo. Ele toca piano, pinta quadros, faz esculturas e muito mais. Ele sente-se sozinho e agarrado a uma rotina que não lhe permite viver alegremente. Um dia uma figura estranha aparece e leva-o para um universo paralelo ond...