Capítulo 14: Nova família.

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Assim que meu pai termina de contar a história com lágrimas nos olhos, assim como eu, fico horrorizada.

- Como podem fazer isso com uma criança, tão doce quanto ele? - abraço meu pai chorando - Como podem fazer isso com meu pequeno?

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 Já havia 5 semanas que Jimin havia chegado, nossa vida se tornou mais alegre e cheia de vida. Depois de alguns dias, ele conseguiu confiar em Jin, o que me deixou imensamente feliz. Nesse tempo, Jackson e Mark se tornaram "mais próximos", e ao que parece, eles perderam meus exames e eu tive que fazer outros. Eu havia começado as aulas de direção, começado a faculdade de letras, começado a trabalhar depois de muita insistência, e eu estava pensando em morar sozinha.

- Tá triste ChimChim? - Digo me sentando ao seu lado, depois de dispensar a babá.

- Tô - ele diz com um biquinho choroso olhando a tv.

- Por que? - acaricio seu cabelo.

- Tô com saudades - ele me abraça.

- De quem?

- Do Kookie e do Hobi - ele diz manhoso.

- Quem são?

- Eles são meus amigos, eles ficaram no orfanato - sinto as lágrimas dele.

- Ah ChimChim, vou tentar dar um jeito - Eu prometo.

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Depois que eu e papai levamos Jimin para rever os amiguinhos, juntamente com Jin, decidimos adotar os dois. Eu fiquei encantada com eles, Hobi, Hoseok, era tão fofo, ele era alegre, brincalhão e tão amoroso, e Kookie, JungKook, era mais sério, reservado, o tipo de pessoa que você não sabe o que está pensando, uma criança séria e misteriosa, mas este quando estava com o irmão e o amigo se mostrava feliz, brincalhão, doce, e mesmo assim preocupado e atencioso com os seus maknaes.

E o que me motivou mais ainda a essa decisão foi a história deles, o pai deles era um drogado, batia na mulher, e as vezes também no filho, JungKook, que as vezes fazia isso para proteger a mãe e o irmão, algum tempo depois ele, sua mãe e seu irmão, tentaram fugir de casa, mas no caminho seu pai os pegou e matou a mulher, na intenção de proteger o menor ele continuou fugindo. Ele morou na rua com o pequeno por alguns dias, até alguém ajuda-los e manda-los para o orfanato. Mas isso não impediu que eles continuassem sofrendo, eles foram devolvidos diversas vezes.

Sempre que decidiamos ir ver como andavam os papéis levavamos Jimin, era um caso complicado eu não era casada com Jin e nós somos novos, mas graças aos deuses era um orfanato que procurava se adequar a "nova" sociedade. Conseguimos que eles deixassem os pequenos passarem um fim de semana com a gente, para eles verem como seria e tudo mais. As crianças adoraram. Dois meses depois da primeira visita deles, conseguimos finalmente a guarda dos pequenos. Eu estava tão feliz. Nada poderia estragar.

Justamente no dia do aniversário de Jimin, damos a notícia que ele teria os amigos perto, todos estamos felizes. Eu estava morando com Jin, eu amava ele cada dia de uma maneira diferente, eu também parara de trabalhar para ter mais tempo para as crianças, havia ficado apenas com a faculdade.

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7 meses depois da chegada de Jimin

- Nonna, me ajuda a levar - JungKook disse segurando desajeitado uma bandeja com um prato de biscoitos.

- Cuidado meu amor - digo pegando a bandeja.

- Eu não vou quebrar, eu juro - ele faz um biquinho.

- Não é esse o problema, é que se quebrar, você pode se cortar e fazer um machucado feio - me ajoelho fazendo ele me olhar quase no mesmo nível - Não me importo se isso quebrar, me importo com você.

Ele sorri.

- Kookie, eu falei que você precisaria de ajuda, já vai começar - Jimin fala entrando na cozinha, ele nos olha.

- A Noona estava me ajudando - Jungkook olha para o mais novo.

Coloco o prato na bandeja, assim como os copos com leite.

- Você colocou o leite sem laticose né? - Jimin pergunta para o mais velho, sorrio.

- Coloquei ChimChim, e não é laticose, é lactose - JungKook explica para o menor que si, sorrio, eles são tão fofos. Nunca me arrependerei de ter adotado os meninos.

- Vamos, eu levo a bandeja - digo interrompendo o que Jimin ia falar.

- Não Noona, eu levo - JungKook pede.

- Tá bom, mas cuidado viu? - ele afirma e leva a bandeja ao lado do menor, logo ele volta - Esqueceu algo Kookie?

Ele nega e faz sinal para mim me abaixar, faço o pedido recebendo um abraço apertado dele.

- Obrigado... E... Eu te amo Omma, obrigado por ter adotado eu e o Hobi. - ele fala ao meu ouvido.

- Eu também te amo Kookie - aperto ele em um abraço ele se afasta sorrindo e volta para a sala.

Me emociono, pois era a primeira vez que ele me chamava de Omma, e era a primeira vez que ele dizia que me amava, uma lágrima escorre. Sou tirada de meus pensamentos pelo barulho da porta, era Jackson e Mark, as crianças amavam eles. Depois de um abraço coletivo eles vem até mim.

- Trouxe o que eu pedi? - digo voltando ao nervosismo.

- Trouxe, vai lá, a gente olha as crianças​ - Mark fala.

- Obrigado oppas - abraço brevemente cada um e pego a sacola, com dois testes dentro - Não deixa o Jackson sozinho com as crianças.

- Hey, tô ouvindo - o de cabelos negros protesta.

- Eu sei - Rio - Já volto.

Ao chegar no banheiro faço o indicado na caixinha do teste de gravidez, há algumas semanas eu comecei a sentir uns sintomas bem suspeitos. Espero o tempo indicado.

- Não pode ser - digo chocada.

Repito o processo, o mesmo resultado. Os testes podem se enganar né? Mas não duas vezes, ou talvez sim. Só há uma maneira de ter certeza. Preciso de um médico.

Jogo as coisas no lixo. Desço as escadas.

- E aí? - Mark vem até mim.

- Deu positivo, nos dois, mas pode ser engano né?

- Com dois a chance é mínima de erro. Parabéns mamãe - Ele me abraça.

Retribuo o ato sorrindo, eu mãe? Isso é bom ou ruim? O que o Jin vai achar?

The price of love ~Seokjin~Onde histórias criam vida. Descubra agora