Viveram assim por mais 50 anos. A igualdade durou esse tempo, mas algo começou a acontecer na terceira geração dos sobreviventes. Traços de uma marca estavam aparecendo nos recém-nascidos, mais precisamente um nome de uma pessoa, depois foi descoberto ser a "marca do amor". Concluíram que a partir dessa terceira geração os seres estavam nascendo já marcado pela sua "alma gêmea", ou seja, já estavam destinados a amar uma pessoa, para toda a vida, e essa mesma pessoa nascia também com seu nome gravado em si, e quando chegam a idade de 15 anos poderiam, ouvir os pensamentos uma da outra, sentir suas emoções, se tiver uma diferença de idade, quem completa 15 anos primeiro irá escutar e sentir, mas a outra pessoa não, só nos seus 15, podendo até conversar por pensamentos, mas isso enquanto ainda não se tocavam pela primeira vez, após o primeiro contato físico, por mais simples que seja, esse "dom" desaparecia, assim como também as almas gêmeas se reconheceriam só pelo olhar. Pesquisadores e cientistas chegaram à conclusão que essas evoluções se davam por conta das misturas de espécies, e nesse caso da marca do amor, se deu pela harmonia que todos viviam.
Então chegamos ao ponto principal da nossa história, como recusar-se a amar, se você já nasce predestinado a amar alguém por toda a vida? No ano de 2222, tempo atual para a nossa protagonista, a marca já era inevitável, e pregada nas gerações seguintes. Eis a questão para Julia Garcia Braga, a mesma está com 16 anos, de 1,65, loira de cabelos lisos, olhos castanhos, e de um corpo de dá inveja em qualquer um, seu poder era levitação usando a mente, filha de um advogado, Carlos Braga, e de uma professora, Andréia Garcia, Julia recusa-se a acreditar que ama uma desconhecida. Mas a mesma, mal sabe que a genética nunca erra.
- Você só deve está de brincadeira comigo! – Diz Júlia irritada, estava em seu quarto com sua amiga Bruna, 16 anos também, loira, mas de olhos verdes, linda igual a amiga, seu poder era tele transporte.
- JU para com isso, você tem que aceitar, ELA é sua alma gêmea.
- NÃO! Isso é ridículo, você, nem mamãe, nem papai, nem EU sei se gosto de garotas, como podem dizer que uma é minha alma gêmea? – Julia fala desesperada.
Para Júlia era impossível uma pessoa se dizer apaixonada por outra, mesmo que isso fosse explicado pela genética. A mesma gostava de medicina, disse a si mesma que iria ser uma grande medica genética só para provar que essa teoria de "marca do amor" era mentira, e que uma pessoa mesmo marcada poderia amar outra pessoa.
- Você não a sente? Não a escuta? Não sente nada quando a escuta chorar? – Falou Bruna com a voz baixa.
- Claro que eu sinto, mas pode ter certeza que não é amor, é só... pena, ela realmente acredita nessa baboseira toda, ela realmente acha que me ama.
- E se ela realmente amar?
- Não Bruna, ela não ama, e se amar, que pena para ela, mas eu não a amo, quero viver minha vida, conhecer outras pessoas, cara, como eu gostaria de ser uma "irreal", seria tão bom.
Irreal, é a pessoa que nasce sem a marca, elas vivem tranquilamente, a única diferença é que não tem a certeza do amor, elas se envolvem entre si, visto que outros já estão predestinados.
- Você é louca JU, os irreais são vazios, frios, eles não têm amor.
- Você está exagerando, eles são normais, vivem, casam-se, tem filhos, igual todo mundo, na verdade são melhores, por que escolhem seu amor, e não essa marca idiota.
- Cala a boca sua idiota, você não sabe o que diz, não percebe que ela escuta que você pensa e sente o que você sente? – Bruna gritou irritada.
- Que se dane, eu não quero amá-la, eu não quero essa marca, eu não quero ela, eu nunca quis... – Julia não conseguiu terminar a frase, pois sentiu uma dor incondicional em seu peito, seguida de vômito, ela sabia exatamente o que estava acontecendo. Amanda estava passando mal, de novo.
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A Marca do Amor (Romance Lésbico)
RomansA necessidade que temos de amar, transparece em cada ato da nossa vida, a vivência, as comparações, as evoluções, as coincidências, as famílias, a vontade de querer mais. Para quem sonha com um final feliz, essa realidade é perfeita. A evolução da e...