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Lorena Narrando

Ando de fininho pelos becos mais não tem como não ser percebido por conta de duas razões. Primeira sou a única mulher da boca e segunda eu estou andando com um fuzil rosa

Sinto uma mão firme pegar no meu ombro e gelo. Me viro vendo tio João

— ai tio que susto

— tá fazendo oque sua doida

— vim fazer meu trabalho

— caralho Lorraine vô ter que fica ti vigiando

— não

Os tiroteios começam a aumentar ficar cada vez mais perto. Saio correndo apontando minha princesa pra frente,é muito vapor correndo e eu preciso dar conta. Não é minha primeira invasão mais digamos que na ultima eu ganhei uma cicatriz na batata da perna

Subo as pressas na lage aonde tenho uma visão ampla de todo o morro. Fico abaixada tentando ter algum tipo de proteção aponto minha princesa e começa a seção de trocas de tiros e barulhos assustadores

De longe vejo um menor atrás do meu pai apontando um fuzil sem que ele veja. Preciso fazer alguma coisa. Miro bem na cabeça do desgraçado e atiro fazendo ele estoura e cair no chão

Meu pai se vira pra trás por conta do barulho e me levanto comemorando com minha pistola pra sima. Ele me olha incrédula e com uma cara de quem diz "oque tu tá fazendo" me fudi certeza

.....

Depois de toda invasão sempre tem uma reunião e eu estou participando,ou seja,papai tá dando uma bronca em mim na frente de todos

— tu foi bem,não se machucou,me salvou mais caralho Lorraine eu mandei tu ficar em casa

— mais pai...

— como tu saiu de lá

— pulei a janela do meu quarto uê

— a marrentinha é esperta - tio João diz e tidos dão risada

— ah para vai. Eu ajudei e fiz meu trabalho

— tu ainda tá no treinamento

— pai na boa,cansei de ficar só atirando nos alvos. Pergunta pro Alex eu tô boa já

— é mesmo chefe... Lo já tá fera

A única herdeira Onde histórias criam vida. Descubra agora