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Lorraine Narrando

— ah não falei porque nem ti conhecia

— sou um delegado e não um psicopata

— vai saber né. Continuando,eu moro lá desde que nasci

— tu vô é rico

— sim,meu vô. Ele é meu vô materno,minha mãe conheceu meu pai morador da maré e eles se apaixonaram

— teu pai é oque

— homem

— isso eu sei né - ele me olha por alguns segundos - mais ele não é um…

— tá querendo dizer oque - olho pra ele com meu melhor olhar de barraqueira

…..

O restaurante é lindo,daqueles que deve ser uma fortuna pra poder comer um bolinho que seja. Ele puxa a cadeira aonde sento

— sua namorada sabe quê você está aqui comigo

— não tenho namorada

— e aquela polícia

— atá a Camila. Ela é perita e não minha namorada,jamais. Só somos colegas e decidimos jantar depois do expediente

— entendi

— e aquele cara

— um ficante meu

— como assim

— só ficamos,nada demais

— mora na Maré também

— uhum - digo olhando o cardápio

— como é o nome dele

Fecho o cardápio colocando em cima da mesa e olho séria pra ele

— dá próxima vez chama ele pra jantar e não eu

— oque eu mais gosto de você é isso

— oque ? Meu mal humor

— não,sua coragem e teimosia

— odeio quando falam que eu sou teimosa  

Nicolas Narrando

Nosso jantar foi bem agradável. Conversamos bastante,falei sobre meus pais e ela dos dela,com um brilho inexplicável no olhar

Por poucos segundos ela tirava a capa de fodona e deixava eu ver a menina doce e inteligente que ela é. Pago o restaurante e saímos

— aceita tomar um vinho na minha casa

— eu sei que isso é um jeito agradável de me chamar pra transar com você

— você é indelicada

— direta

— aceita ou não

— aceito o vinho e não uma noite com você

— isso é oque você pensa

— nossa delegado vai me obrigar

— jamais… só vou fazer oque você quiser


A única herdeira Onde histórias criam vida. Descubra agora