Capítulo 1

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Lana

O que dizer da minha vida em 26 anos, conseguir realizar meus sonhos? Talvez essa seja a opção que menos me dediquei.Quando pequena,ainda no berço,fui abandonado pelo homem que um dia se disse meu pai,e entre tantas dificuldades e altos e baixos,o baque aos 19,foi ainda pior do que imaginei,minha mãe, dona Regina,foi diagnosticado com leucemia mielogênica aguda,que consiste em um excesso de glóbulos brancos imaturos,isso fazia com que seu corpo transbordasse fadiga,quase sempre tinha febre,e seu peso,tornou-se algo tão incomum que meus olhos lacrimejavam de olhá-la.Tínhamos esperança,porém,treze meses após o início da quimioterapia,a pessoa mais importante nesse universo veio a falecer, sua alma enfim descasará em paz,e em tanto caos,sozinha e desolada ao mundo,fortalece-me ao ingressar em pedagogia,sempre fora seu desejo ver-me formada em tal profissão,pena que não esteve aqui para ver esse momento.

Como professora eu me mantive por pouco tempo,trabalhei em colégios particulares, renomados,porém queriam somente como estagiária,e em muitas,levava uma porta fechada à frente,isso me desmotivou,as contas só aumentavam,o dinheiro como garçonete em uma cafeteria local,não dava para suprir o endividamento do apartamento,seria despejada em três semanas,e ao pensar,como minha mãe lidaria com isso,me pusera em recomeço,já passara por tantas coisas,essa seria somente mais uma pedra na barreira, eu tinha que seguir em frente.

Sinto o sol reluzente queimar minha pele através dos vidros do estabelecimento, mantendo meus olhos fechados em busca de conforto,eu não me sentia bem naquele lugar, só a alta classe frequentava o Lucca coffee, deputados,empresários e até mesmo cantores em ascensão,eu sempre fui humilhada pelo olhares,menosprezavam-me apenas por não ter sua quantidade de dinheiro,chega a ser incrivelmente ridícula a coisas que já cheguei a ouvir,no entanto,esse emprego se faz necessário.

— Lana! - ouço minha supervisora ao fundo, chamar minha atenção com cautela no tom de voz.

— Sim senhora! - aproximo-me cabisbaixa, segurando em mãos o cardápio da casa.

— Acabou de chegar um cliente,dirija-se à sua mesa,rápido! - o procuro em meio ao meu horizonte,batendo em um homem alto,magro e aparentemente estrangeiro,olhava para os lados como se procura-se por algo,caminhei em sua direção em passos firmes,respirei fundo e finalmente o encarei,usava um belo terno preto fosco,com certeza um empreendedor,sorriu em gentileza,aquilo me surpreendeu,seria ele o primeiro?

— Bom dia senhor,bem vindo ao Lucca Coffee! - dou-lhe as sugestões indicada por Patrícia.

— O que me recomendaria? - seu olhar é tão profundo que chega a abalar minhas estruturas.

— Temos um ótimo capuccino acompanhado de biscoitos salgados! - tento parecer ciente só que acabara de dizer.

— Que bom,irei querer um desse! - riu em afirmação e sigo para o balcão.

Por algum motivo o observei durante toda sua refeição,ele me atraiu de alguma maneira,o que me fazia acreditar que estava ficando louca, esse ser é como todos os outros,os que criticava pela mania de se alto subestimar,todavia,notei em seus gestos uma pessoa completamente diferente da que já entraram por essas portas, demonstrava ser simpático,não fizera questão de um atendimento vip,apenas colocou-se no canto mais vazio da cafeteria e por ali ficou por muito tempo entretido com um livro bastante extenso pelo que vi,pedirá outro dose de capuccino,e estando sorridente em todo percurso,não imaginei tropeçar com meu próprio pé e derrubar todo líquido em sua barriga,foi um desastre,queria esconder meu rosto em qualquer lugar,me olhavam com espanto.

— Desculpa! Desculpa mesmo! - levanto-me com facilidade,tentando ajudá-lo a se limpar.

— Não tem problema! - toma de minha mão um lenço branco já manchado pelo que fiz.

— Lana! - Patrícia surgirá do lado direito do meu corpo,com ódio em sua expressão. — Senhor Nakada,me perdoe,isso não voltará a se repetir! - o medo de ser demitida tornou-se uma realidade.

— Como falei a sua funcionária,não há problema! - sou puxada a sala da gerência com rapidez,esperava por um sermão longo,e "cai" ao ouvir aquelas palavras.

— Está demitida!

L & J

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Meu adorável chefe! (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora