O menino, o jantar

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Harry

-De jeito nenhum, King. Eu posso fazer isso sozinho.

-Não, não pode – o bruxo mais velho negou com a cabeça. - E sabe por quê? Porque você é um auror. Viaja o tempo todo, sem saber se vai voltar vivo. Teddy precisa de segurança, e não podes dar isso a ele sozinho.

Harry abriu a boca para retrucar, mas antes que pudesse falar, Draco Malfoy surgiu no corredor, acompanhado por uma recepcionista.

-Então deixe comigo. Não preciso dele – apontou para Harry.

-De jeito nenhum Malfoy – disse Harry, irritado. - Ele é meu afilhado.

-E meu primo – Malfoy deu de ombros.

-Andrômeda pediu que eu cuidasse dele.

-Ela pediu a mim.

-Pediu aos dois! - Kingsley interrompeu a tensa discussão que se formava. - Malfoy, em dois anos, você acumulou mais endereços e empregos do que é capaz de contar, e já conversamos sobre sua situação, Harry.

-Mas... os pais dele escolheram a mim como guardião – o moreno de olhos verdes-esmeralda insistiu e Malfoy revirou os olhos.

Kingsley bufou. Por que Harry era tão teimoso?

-Desculpe garoto, mas a vontade que conta agora é a de Andrômeda, e ela escolheu os dois como guardiões.

Draco

Draco foi para cama assim que desligou o telefone, pensando em Teddy. Ele nunca o vira, sabia o básico sobre ele, e não sabia nada sobre cuidar de uma criança.

Apesar de ser o parente mais próximo vivo, ele não era o único disponível para cuidar dele. Havia Harry Potter, o padrinho escolhido por Remus e Ninfadora logo que o menino nasceu. Talvez, se ele pedisse, Kingsley deixaria o menino com Potter, e Draco poderia continuar com sua vida.

***

O telefone tocou logo cedo, acordando Draco. Ele resmungou ao ir atender, pronto para explicar ao chefe desmiolado que era sábado, e portanto, ele não tinha um expediente para cumprir.

-Alô – falou, cansado.

-Bom dia, senhor Malfoy. Aqui é Gabriela Allen, do Ministério da Magia. Liguei para informá-lo que Kingsley Shacklebolt deseja uma reunião com o senhor, às nove e meia.

Eu tenho escolha?, pensou, garantindo à Gabriela que apareceria. Se trocou, tomou um banho, café e partiu pela Rede de Floo. Uma mulher de cabelos cacheados e pele morena o recebeu, guiando-o à sala de Shacklebolt, onde apesar da porta fechada, podia-se ouvir a conversa entre ele e Potter.

-Não, não pode – disse Shacklebolt. - E sabe por quê? Porque você é um auror. Viaja o tempo todo, sem saber se vai voltar vivo. Teddy precisa de segurança, e não podes dar isso a ele sozinho.

Nesse momento, a mulher – muito provavelmente Gabriela – abriu a porta. Draco entrou e deu seu parecer a respeito do passe de guarda, sem esperar introdução.

-Então deixe comigo. Não preciso dele – disse, apontando para Potter.

-De jeito nenhum Malfoy – Potter retrucou. - Ele é meu afilhado.

-E meu primo – Draco deu de ombros.

-Andrômeda pediu que eu cuidasse dele.

-Ela pediu a mim.

Quem vai ficar com Teddy?Onde histórias criam vida. Descubra agora