Capítulo 01

202 34 17
                                    

OLÁ, PESSOAL! Venho aqui com vocês com mais uma fanfic. Dessa vez é Namjin e é baseado no mangá 24 Jikan Eigyouchuu de Tennohji Mio. A fic é quase toda baseada no mangá, mas vai conter elementos a mais, pois darei meu toque de originalidade. Então é isso, espero que gostem e muito Namjin na vida de vocês!


SEOKJIN POV

Em um mini-mercado 24 horas, passam diferentes tipos de clientes. É em um desses mercados que eu trabalho e sempre que estou no caixa, um cliente em especial me chama a atenção. Ele é alto e tem os cabelos pintados de loiro. Não sei muito sobre ele; sei apenas que é colegial pois usa uniforme escolar sempre que vem a loja. Ele sempre compra a mesma coisa: uma quantidade exagerada de pirulitos.

Ele nunca sorri, e tem um ar de bad boy, por isso acho estranho que ele compre tantos pirulitos assim. Não há nenhuma lei que proíba as pessoas de consumirem muito açúcar não? Diabetes é coisa séria!

— Muito obrigado! — agradeço depois que ele paga por suas pequenas bolas de diabetes.

A sacola que eu lhe dei range, e ele parece segurar com muita força as alças. Ouço um balbucio vindo de sua boca e o encaro, curioso. Ele nunca fala nada quando compra aqui, nem mesmo para dizer "Boa tarde!", mas agora ele parece estar se segurando para dizer ou não alguma coisa.

— Não tem do sabor Coca-Cola?

— Coca-Cola...

Não sei porque, mas solto o ar que nem notei que prendia. Por que diabos eu esperava que ele faria algo trágico? Talvez seja a sua aparência intimidadora? Fala sério, Seokjin, o que você estava pensando? Ele é só um garoto colegial, não é como se ele fosse falar comigo sobre as sinfonias de Mozart ou sobre o conflito Israel-Palestina.

— Desculpe, mas não temos — disse calmo, olhando para o seu queixo. Além dele ser muito alto, era amedrontador demais encará-lo. — É um sabor muito popular e acaba rápido. Você quer fazer um pedido ou algo do tipo?

— Não, tudo bem — ele abaixa a cabeça, olhando para um ponto qualquer no balcão. — Muito obrigado!

Ele me dá as costas e sai da loja. Além da sua boa educação que resolveu acampanhá-lo hoje, a coisa mais estranha nesse garoto foi a sua cara de decepção. Será que ele é algum viciado em pirulitos sabor Coca-Cola? Não tem por que alguém ficar tão cabisbaixo apenas por um doce, não é?

— SEOKJIN!

Ouço Taehyung gritar meu nome e imediatamente vou até o mesmo.

— Taehyung, esse mercado é minúsculo, não há necessidade de você gritar meu nome para que todos saibam. Eu tenho um crachá, viu! — quase esfreço o meu crachá em sua cara.

Taehyung gargalha, provavelmente do modo como até com o respirar, minhas bochechas corem.

— Arrume essa prateleira, Seokjin! — ele aponta para a direita. — Já que quase não temos movimento mesmo na parte da tarde, trate de trabalhar e não em ficar em aplicativos de paquera!

— Eu só fiz isso uma vez — me defendo. — E não deu muito certo porque depois que eu mandei "Oi", o garoto enviou uma foto dele... pelado — coro lembrando, e Taehyung cai na gargalhada.

— Com essa sua timidez, você nunca vai beijar ninguém na sua vida, Seokjin — Taehyung profetiza. — Você tem 24 anos e não deu nem um selinho em ninguém. O tempo tá passando e quando você chegar na meno-pausa, seus hormônios estarão mortos!

— Cala a boca, Taehyung! — digo alto, tentando focar em arrumar a prateleira (que já está arrumada) e em ignorar meu colega de trabalho.

— Meu Deus, Seokjin, você devia levar as coisas na brincadeira; é tão fácil te tirar do sério — ele continua a ri, se divertindo com a minha pele cor de pimenta. — Falando em te tirar do sério, aquele garoto veio de novo aqui?

— Sim, Taehyung, como você mesmo disse, o mercado é pequeno e a não ser que você seja miópe, você olhou o garoto.

— Você já foi mais bem educado, Seokjin — ele reclama.

— Se você reclamar de mim mais uma vez, eu juro que digo que virei hétero para o meu pai e faço ele te demitir.

Sim, meu pai era o dono de mercadinho que eu trabalhava e com 24 anos, eu era um exemplo de fracassado para os padrões sul-coreanos. Consegui entrar na SKY, mas meus pais não me deixaram cursar moda, mas eu cursei mesmo assim e me formei, mas meus pais não me deixaram exercer a profissão. Já era uma vergonha ter um filho assumidamente gay, então trabalhando com moda era praticamente cavar o caixão de orgulho da família Kim.

— Meu tio não teria coragem de me demitir.

Esqueci de comentar, Taehyung é meu primo.17 anos e assumidamente gay (somente para seus pais e para mim) também, mas ao contrário de mim, ele tem apoio dos pais dele, que o amam mais que tudo e só querem o ver feliz da maneira que Taehyung acha melhor, não eles.

— Se ele soubesse que você é tão ou mais gay que eu, era capaz de ele pedir o dinheiro que te paga de volta.

Taehyung gargalhou alto, se divertindo.

— Ele comprou quantos pirulitos, Seokjin?

— Vinte.

— Estranho... — Taehyung coloca a mão no queixo e olha para a porta, refletindo.

— Sempre que eu ou o Jungkook estamos no caixa, ele compra no máximo dois.

— Mas no meu turno ele sempre compra exatamente vinte.

— Talvez seja coisa da minha cabeça... — Taehyung deixa as palavras no ar, e eu viro-me para lhe encarar. — Talvez ele goste de você, Jin!

— Você está louco, Tae! — digo, saindo de perto dele depois que "terminei de arrumar" a prateleira. — Qual a probabilidade desse garoto ser gay?

— Tratando-se do nosso país, podemos desconfiar de todo mundo. Todos são escondidos.

Fingi que não escutava Taehyung e voltei ao meu posto no caixa. Taehyung não se dava conta, mas o que eu realmente queria dizer para ele é que não havia motivo nenhum para alguém gostar de mim.

Aberto 24 horas ♦ NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora