Capítulo 5

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-Oi mãe- Digo chegando perto da mesa onde eles estão. Porém nenhum deles me responde, permanecem em silêncio. Depois de alguns minutos em pé me viro para ir ao meu quarto já que todos estavam sérios e calados.

-Sente-se Anabelle- Diz meu pai antes que eu pudesse ir até meu quarto. Então me viro e vou até uma das cadeiras vazias e fico de frente para o meu pai e ele começa a dizer:

-Bom, você já deve saber porque estamos tendo essa conversa- Diz me olhando sério, como se eu fosse uma criminosa.

-Eu não induzi ninguém a morte, é difícil entender?- Digo de cabeça baixa.

-Não importa o que você fez, já resolvemos o que vamos fazer com você- Diz demonstrando desprezo na palavra ''você''.

-O que vocês vão fazer comigo?- Digo olhando para os dois, minha mãe que até então na havia dito nada abre a boca para falar mas a fecha de novo e se recompoem em seu lugar.

-Você irá para um Colégio Interno. Hoje.- Diz e se levanta indo em direção as escadas.

-Eu não vou para nenhum colégio interno- Digo cuspindo as palavras.

-Você vai sim, arrume suas malas. O motorista estará te esperando no carro- Diz e vai para os seus aposentos, minha mãe o segue logo em seguida, sem me dizer uma palavra.

Eu não estava acreditando que iria para um colégio interno, e ainda por cima, meus pais nem se quer iriam comigo para se despedirem. Subo as escadas e vou até meu quarto, deito em minha cama e começo a chorar. Estava tudo dando errado pra mim. Depois de chorar rios de lágrimas, me levanto e vou até o guarda roupas e pego a minha mala que está em cima dele, coloco a mala na cama e abro uma das portas do guarda roupas e começo a escolher algumas peças que eu tenho um carinho especial. Quando estava quase tudo pronto olho para o meu criado mudo e vejo a minha medalinha, vou até o criado e pego a medalinha. A coisa mais preciosa que tenho, a tenho desde pequena e nunca me separei dela. De repente ouço alguém bater na porta, vou até a porta e abro. Uma das empregadas veio avisar que o motorista já estava de saída. Fecho a porta e vou me trocar, visto uma leggin preta e um moletom cinza, coloco um tênis all-star, pego a mala e desço.

Quando chego na sala de estar encontro meu pai, minha mãe, meu irmão Caio, a minha tia Ester, a minha prima Lívya e Mariá. Todos de pé, provavelmente para se despedirem de mim. Primeiro vou em direção a Mariá, dou um abraço bem apertado e um beijo em sua bochecha, depois vou até minha tia que por incrível que pareça estava com os olhos cheios de água, logo em seguida abraço a Lívya, seu olhar é de arrependimento, mas não adiantava mais se arrepender, depois dali, eu iria sumir da vida de todos, logo em seguida abraço minha mãe, ela me abraçava como se não quisesse me soltar mais, depois de me desvencilhar dela, vou até o meu pai e o abraço, um abraço seco, sem emoção, não importava. Depois olho em seguida e vejo meu irmão Caio, me agacho e o abraço bem apertado e deposito um beijo em sua bochecha, apesar de todas as suas estripulias e o amo mais que tudo,  me levanto e vou até a porta, abro-a e quando quase estou saindo ouço alguém me chamar. Caio. Ele vem em minha direção e abraça as minhas pernas, me abaixo e continuo a abraça-lo.

-Você vai voltar?- Pergunta em meu ouvido.

-Vou sim meu amor- Digo e lhe dou um beijo, depois me levanto e minha mãe o chama pra perto de si. Me viro e vou em direção ao carro, entro e o motorista liga o carro e começa a viajem. Olho pela janela e imagino come será a minha nova vida em um colégio interno, quando percebo uma lágrima escorrer em meu rosto, então fui me dar conta de chorei o tempo todo. Pego o meu celular de dentro da minha bolsa e olho as horas e em seguida fecho os olhos e começo a dormir.

Anabelle- Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora