Capítulo 6

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Acordo quando o motorista me chama pelo meu nome, olho pela janela do carro e vejo o Colégio Interno. Sinto um frio na barriga. Estou nervosa.

O motorista desce do carro e vai até o porta malas, enquanto ele retira as malas do porta malas eu desço do carro e começo a desamassar a minha roupa, precisava causar uma boa impressão. O motorista coloca todas as malas no chão e fecha o porta malas, em seguida ele vai para o banco do volante e começar a sair com o carro.

-Ei ei! Esperaaa, o que eu devo fazer?- Digo gritando, mas não obtenho resposta, por que ele já estava a metros longe de mim.

Olho ao meu redor. Estou sozinha. O que deveria fazer? Me sento no meio fio e fecho os olhos. Enquanto pensava no que eu deveria fazer uma mão toca o meu ombro, me levanto rápido e vejo uma menina de cabelos ruivos, olhos azuis e sardas me olhando de alto a baixo.

-Olá- Diz ela dando uma balançadinha com uma das mãos.

-O- oi- Digo - Gaguejando.

-Você está perdida, não é?- Ela diz colocando as mãos para trás.

-Não, eu não estou perdida- Digo tomando confiança na voz. Não poderia dizer a ela que estava perdida, o que ela faria comigo? Me levaria para um orfanato?

-Está sim, dá pra ver pelo seu olhar confuso- Ela diz com um sorriso de quem venceu uma aposta. De repente ela começa a pegar as minhas malas.

-O- o que você tá fazendo com as minhas malas?- Digo indo atrás dela.

-Vou levar lá pra dentro, você vai morar aqui agora, né?- Ela para e se vira pra mim.

-Tá legal, eu me rendo- Digo levantando as mãos para cima em sinal de rendição. - A partir de hoje este será o meu novo lar, espero que tenha pessoas legais aqui- Digo olhando ao redor, como se estivesse procurando alguém.

-Até que tem umas pessoas legais aqui, mas não vamos negar negar que tem aquelas garotas insuportáveis e metidas- Ela diz virando os olhos.

Eu não respondo nada, e fico em silêncio apenas pensando se este Colégio Interno seria a mesma coisa que a minha antiga escola, pensando se a minha nova vida seria seria a mesma coisa que a minha antiga vida.

-Ei, não precisa ficar assustada, aqui tem bastante gente legal que você vai adorara conhecer- Ela diz me tirando dos meus pensamentos profundos sobre a minha vida. Como se fosse importantes esses pensamentos.

-Tá legal, vou me esforçar o máximo para fazer novas amizades- Digo com um sorriso fraco no rosto.

-Chegamos- Ela diz ao chegarmos em um corredor com várias portas, em seguida ela entra em umas dessas portas e coloca as minhas malas para dentro e eu vou atrás dela.

-Você também dorme aqui?- Pergunto enquanto observo todo o local. É um quarto muito organizado, pena que sem cor e vida, somente com alguns pôsteres colados na parede, que imaginei ser dela, aliás, qual o nome dela?

-Sim, eu já sabia que iria ter uma companheira de quarto, quando te vi lá fora imaginei que você fosse a minha companheira de quarto, e olha só; acertei- Ela diz batendo palminhas e dando pulinhos de felicidade. - E aí gostou?- Ela pergunta abrindo os braços e rodando, como se fosse sua nova que casa que ela acabara de comprar.

-Só achei meio sem cor, mas tudo bem- Digo colocando a minha bolsa em cima de um criado mudo, ao lado de uma cama que imaginei ser minha, pois não tinha nenhum ursinho de pelúcia em cima. - Como você se chama?- Pergunto me virando para ela.

-Ah! É mesmo, como pude me esquecer, me chamo Franciny- Diz ela estendendo a mão como se havíamos acabado de nos conhecer, a propósito, havíamos acabado de nos conhecer, praticamente.- E o seu?-

-O meu é Anabelle- Digo olhando para baixo, pronta para ouvir as risadinhas e zuações.

-Que nome espetacular, olha, nunca vi ninguem com esse nome, que original- Ela diz colocando as mãos na cintura.

-Obrigada, geralmente não é isso o que dizem sobre ele- Digo e percebo que estou puxando assunto como se fóssemos amigas à séculos, eu estava fazendo amizades, e eu estava gostando disso.

-É um nome lindo e único, essas pessoas que zombaram de você são muito babacas e infantis- Ela diz e me puxa pra perto dela, colocando o seu braço em meu ombro, em seguida faço o mesmo. Eu tinha uma amiga, dentro de mim um turbilhão de emoções, finalmente fiz uma amiga.

- Obrigada- Digo e nós saímos do quarto.

Estávamos conversando sobre as coisas que nós gostamos e não gostamos quando sem querer eu esbarro em alguém.

























ENTÃO PESSOAS MARIOVAS E FOFÍNEAS DO MEU CORE! ESPERO QUE VOCES TENHAM GOSTADO, DEEM ESTRELINHA E UMA BEIJAO NO CORAÇAUM DE TODOS VCS!


Anabelle- Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora