Caixinha de jóias

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Eu costumava observar as variadas paisagens que passavam pela janela daquele trem... Não era um simples trem, tinha algo de diferente nele. Eu conseguia passar horas, indo e vindo, sem sair daquele mesmo lugar naquela janela específica. As vezes eu levava um livro, minhas músicas ficavam a tocar em fitas por apenas gostar dessa nostalgia e questão vintage que nos é proporcionado. Muitos se sentavam ao meu lado, altos e baixos, loiros morenos ou ruivos, cabelos compridos ou curtos e quem sabe coloridos, meninas e meninos, crianças e adultos, todas as idades e todos muitos diferentes e com essências diferentes. Até o dia que ela sentou ao meu lado. Ela tirou meu olhar do mar de montanhas lá fora, eu me perdi em seu olhar verde igual esmeralda, onde meu coração se tornou escarlate e quis tornar minha vida na mais bela coleção de pedras. Seus cabelos voavam e se perdiam em seu rosto claro, eu claramente também me perdi totalmente com uma vontade de invadir aquela mente. Ela colocou seus fones e ficou a me encarar com as minhas fitas tocando, e com lágrimas em seus olhos, seu rosto se enchia de diamantes. Com a pedra da lua lá fora, devido o horário que estávamos a voltar para algum lugar, quem sabe estivesse ela também sem rumo. Com rubis no pulso, eu estava impressionado com aquela formosa princesa que se escondia atrás de delicadas jóias. No fim, ela era pérola e eu não era nenhuma ostra, mas eu te dei prata e hoje ela me tem com ouro.

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