Superficialmente humanos

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Se andamos por aí, é porque temos lugares para chegar, coisas à fazer, pessoas para ver. Sempre há algo novo a se descobrir.
Mas estamos inertes nestes corpos superficiais,  corpos que armazenam falsos sentimentos, que ao sorrirem não são sinceros. Chego em uma triste conclusão: estamos presos em nós mesmos.
Olho as ruas e me pergunto:
Por que andar tão rápido?
Por que correr, sempre sem tempo, sempre apressado?
 Por que não parar, e olhar para quem está do nosso lado?
 Por que, não olhamos para dentro de si, para vermos como somos, todos nós superficialmente humanos?
Sempre há um lugar para ir, uma pessoa para se visitar, uma festa para participar,  trabalhos a serem feitos, coisas a se falarem no momento certo para que não haja maiores conflitos.
Tudo ao extremo regrado.
Mas onde, digas aí agora, onde andas as emoções neste ciclo de afazeres cotidianos?
Responda: quando viveu um amor verdadeiro? Daqueles de tirar o fôlego, de fazermos chorar, rir, viver?
Quando fostes Feliz de verdade? Sem interrupções do trabalho, do medo ou da agonia?
Se correr apressado, mal humorado e triste, for viver, não quero está vida.
 Por que deixamos a correria do dia a dia nos desligar da vida? Desligar dos sentimentos puros, e das alegrias verdadeiras?
Fomos consumidos pela infelicidade, pela dor, pela ignorância; e pelo pior: pelo o egoísmo puro.
Cara de pau do seres humanos é chamar este ciclo cretino de vida feliz e próspera.

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