O caminhão

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Guilherme: É assim? Joga a gente dentro desse caminhão e tranca? Esperava mais de vocês seus inúteis! Bando de babacas.

Jaqueline: O que você está fazendo aqui? Quem é você? Por que eles estão  mantendo você aqui?

Alice: Quanto tempo você está aqui? Você sabe para onde estão levando a gente?

- Eles estavam me levando para um laboratório, acho que fica em algum lugar nos Estados Unidos... vocês eu não sei.

Henrique: Por que você está  amarrada?

- Porque eu sou perigosa sem as correntes.

Henrique: Você é perigosa sem as correntes? Quem ou o que é você?

- Meu nome é Clarisse e eu não sou uma coisa,eu sou uma pessoa ou acho que era...

Guilherme: Se você é uma pessoa por que eles estão te levando para um laboratório? E como me acharam?

Clarisse: Te acharam? Você é o garoto a quem eles procuram tanto?

Guilherme: Não, eu tô aqui por engano e quando verem que pegaram a pessoa errada vão liberar a todos nós e vamos viver o resto das nossas vidas felizes e contentes em uma casa na praia - fala ele sarcasticamente enquanto se joga na parede do caminhão e escorrega até estar sentado - passei a vida fugindo desses homens, perdi minha mãe e agora to aqui dentro desse caminhão indo pra seja lá o buraco que vão me enfiar para o resto da minha vida e isso se não me matarem com os teste.

Jaqueline: Você tá desistindo? Agora? Aqui? Como? Agora não é hora nem lugar para você desistir, acorda Guilherme!! E você Clarisse, menina que eu acabei de conhecer não devia estar assim você não tem uma família que está esperando você voltar?

Clarisse: Não. Eles estão mortos... Todos eles... Só sobrou eu...

Alice: Quem garante? Se eles estão fazendo alguma coisa quem garante que sua família esteja morta? Eles falaram que eu sou adotada, assim! Simplesmente do nada sem nenhum motivo.

Clarisse: eu vê eles morrerem

Henrique: Então saia dessa jaula, dessa prisão que eles te colocaram e lute pra vingar seus parentes.

Clarisse: Sinto muito mais essas correntes são mais fortes que eu - falava ela virando a cabeça e fechando os olhos antes que visem ela chorando.

Henrique: Você não é um monstro que se tirar das correntes vai tentar nos matar né?

Clarisse olha para Henrique sem entender a pergunta que ele fez.

Henrique: Eu também achei que você não era... É só pra confirma. Melhor eu tirar você daí logo.

E assim Henrique tira um grampo do bolso e começa a mexer no cadeado das correntes.

Guilherme: Ha claro que com um grampo você vai conseguir tirar essas correntes, esperto você Henrique.

Click...

Guilherme: Você tirou o cadeado com um grampo!!! Você é assaltante por acaso?

Henrique: E isso importa?

Clarisse: Pra mim não muda nada, arrombador ou assaltante você me ajudou obrigado.

Henrique: Não se preocupa eu não sou arrombador, mas faço umas coisas as vezes - fala ele rindo dos comentários e lembranças de como aprendeu isso que não época pareceu inútil.

Alice: Agora que você está sem as correntes como nós vamos sair desse caminhão?

Clarisse: Eu tenho uma idéia - fala Clarisse com um sorriso no rosto imaginando a cara dos agentes que prenderam ela e os outros.

Guilherme: Por que eu não estou gostando da sua cara... O que você vai fazer?

Clarisse: Uma coisa que eu aprendi a uns tempos atrás

  Clarisse foi para o lado do caminhão olhou e analisou a espessura que devia ter e voltou um pouco até o lado oposto e firmou os pés.

Clarisse: Acho melhor vocês se segurarem.

Guilherme: Segurar em que? Isso é um caminhão, não tem no que se segurar!!!

Clarisse: eu sei, só quis ser educada mesmo.

Jaqueline: Hã... gente as corren...

   Antes que Jaqueline terminasse de falar Clarisse começou a correr do lado que estava para outro, sem entender o que ela iria fazer Jaqueline segura as correntes com toda a força e quando Clarisse chega do outro lado o caminhão capota com uma força e rapidez  inimaginável.
   
  

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