Pelo o que dizia o relógio sobre a cômoda, era 2:13 da manhã. Eu estava deitada em minha cama tentando, aos poucos, relaxar e dormir, porém, o sono não chegava até mim.
O quarto se encontrava totalmente escuro, impossibilitando-me de ver as paredes ou o chão. A única luz que continha era a que atravessava a cortida da janela e iluminava o pequeno relógio. Fora isso, tudo estava sendo engulido pela escuridão.
Eu já havia perdido a conta de quantas vezes eu tinha trocado de posição para poder conseguir dormir, e mesmo com tanto esforço, nada acontecia.
Quando meus pensamentos vinham começado a me devorar viva, levantei da cama, ficando em pé sem saber onde pisava. Consegui alcançar a porta, então, cuidadosamente saí de dentro daquele quarto.
Só percebi que estava prendendo a respiração quando cheguei na sala de estar.
Todos dormiam, por isso até meus passos eram silenciosos.
Olhei ao meu redor com receio, estranhando cada móvel daquela casa. Meu peito doía ao lembrar-me que agora eu viveria aqui, e mesmo não tendo passado-se nenhuma noite, a saudade que eu sentia do campus esmagava meu estômago.
Minha respiração se tornou ofegante, parecia que o ar não chegava até meus pulmões. Cheguei a me engasgar com o próprio oxigênio e a sentir um forte soco na barriga. Eu não sabia o que estava acontecendo, nem o por quê, só doía. Para tentar amenizar a dor, debrucei meu corpo, mas foi em vão.
Endireitei-me e caminhei até a porta dos fundos. Eu precisava respirar livremente, precisava sair dessa casa sufocante.
— Aonde você pensa que está indo?
Um dos homens que trabalhava para o Harry tinha os olhos concentrados em mim. Ele impedia-me de chegar até a porta com suas mãos frias segurando os meus ombros.
— Tenho ordens para não deixar ninguém sair de dentro dessa casa!
— Me solta! Preciso de ar! — exclamei.
— Para de exagerar, garota. Volte para seu quarto!
Neguei rapidamente, sem nenhum interesse em voltar para aquela cama.
— O Chefe não vai gostar de te ver acordada. Faça um favor a si mesma e dê meia volta!
Ignorei ele sem muito esforço.
— Cala a porra da boca e me deixe sair daqui! — gritei com fogo nos pulmões.
— Você pensa que é quem?
Continuei me debatendo.
— Me deixa sair!
— O que está acontecendo aqui?
A voz áspera de Harry chegou até meus ouvidos, dificultando ainda mais minha respiração. Mesmo estando mais controlada, o lugar ainda parecia claustrofóbico. E o segurança continuava impedindo-me de alcançar a porta.
— Eu só preciso sair... — choraminguei.
— Calma, Grace. Você está bem?
— O que acha, inferno?!
Se minha impaciência com aquele lugar antes era grande, agora era muito maior.
Quem ele achava que era? Um bonzinho que não queria me machucar?
Porra! Era culpa dele! Não importava quantas vezes dissesse que eu ficaria bem apenas para tentar diminuir os seus atos, Harry me destruiu sem nem me conhecer.
— Fique calma. Solta ela.
Ele tentou me segurar pelos braços quando o segurança me soltou, mas eu fui ágil em ficar bem longe de suas mãos.
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Meu Querido Chefe [harry]
FanfictionEm uma terra de deuses e monstros Eu era um anjo Vivendo no jardim do mal Lana Del Rey - Gods And Monsters ... ESSA HISTÓRIA IRÁ PASSAR POR EDIÇÃO