After Him #empausa

Capítulo 8

Acordo e minha visão está um pouco embaçada, pisco algumas vezes e consigo enxergar melhor. Não sei aonde estou, mas está tudo muito claro, a última coisa que me lembro foi de ter visto ele batendo no tal homem, Will, ele me salvou.

Logo aparece um homem em minha frente, mas eu não o conheço, não sei onde estou, não sei o que estão fazendo comigo! Começo a ficar ainda mais assustada mas logo tudo se apaga novamente, não consigo ver mais nada.

(...)

Acordo novamente e ouço algo apitando, uma máquina ao meu lado, tem mais duas máquinas no outro lado, tento me levantar mas foi em vão, meu corpo todo dói principalmente minha perna. Lembro então do momento horrível com aquele homem me batendo e me sinto horrível, choro angustiada, sozinha em uma cama de hospital...

Uma moça entra no meu quarto, parece ser enfermeira.

— Olá, meu nome é Amber, sou enfermeira. Você está no hospital, lhe trouxeram para cá de ambulância, você sofreu uma agressão no estacionamento de um mercado. –, ela disse bem calma.

— Obrigada, mas quem me trouxe até aqui? Como ligaram pra ambulância? –, eu perguntei confusa.

— O doutor Will, um dos nossos médicos aqui, viu a situação na hora e ligou para a ambulância e fez os primeiros socorros em você quando ainda estava no local. –, ela disse sorrindo.

— Ele me ajudou tanto assim? –, eu pergunto sem acreditar muito.

— Ah sim, ele é um bom homem e parecia bem preocupado com a senhora. –, ela disse.

— Mas e o homem que me agrediu? Precisam pegar ele, não podem deixar ele solto! –, eu disse nervosa.

— Pode ficar tranquila, ele já foi preso, o doutor Will não deixou ele sair do local, chamou a polícia logo após chamar a ambulância. –, ela disse.

Mal dava pra acreditar que ele tinha feito tanto por mim, sem ao menos me conhecer direito, Will realmente me salvou.

— O doutor Will virá logo te ver, ele não é o médico do seu caso mas faz questão de vir ver a Senhora, agora precisa descansar.

— Obrigada, mas que horas são? Que dia é hoje? –, eu pergunto confusa.

— Hoje é domingo e são 20:00. –, ela disse.

— O que? Como assim? Eu fiquei tanto tempo aqui? Por que? O que houve? –, eu pergunto nervosa.

— A senhora teve que tomar remédio para se acalmar e para dor, isso a deixou muito sonolenta, e os cuidados levaram tempo para serem concluídos. –, ela disse.

— Tudo bem, mas eu preciso avisar a alguém que estou aqui! –, eu disse.

— Nós pegamos seu celular em sua bolsa e constatamos o seu número de emergência, uma moça chamada Natália. Ela já foi informada sobre tudo, veio te visitar e ficou bastante tempo aqui mas teve que voltar para casa a pouco tempo pois o horário de visitas já se encerrou, mas pediu para lhe dizer que amanhã ela volta novamente.

— Tudo bem, obrigada. –, eu disse sorrindo.

— Descanse, mais tarde eu volto para ver como a senhora está. –, ela disse saindo do quarto.

Mal posso acreditar em tudo que aconteceu, eu apenas sai para fazer compras e nem sei o por que ou quem fez isso comigo.
Tento me deitar de lado mas tudo dói, minhas pernas mais ainda. Fecho os olhos e tento dormir novamente.

Pouco tempo se passa e ouço o barulho da porta abrindo, continuo com os olhos fechados, fingindo estar dormindo...
Sinto a cama afundar e alguém fazer carinho nos meus cabelos.

Abro os olhos com medo mas quando vejo ele está ali de novo...

— Oi Will. –, eu digo sorrindo.

— Oi princesa, achei que fosse te perder... E olha que eu acabei de te achar, seria horrível. –, ele disse sorrindo fraco.

— Ainda bem que eu conheci o super homem no mercado e ele me salvou... –, digo tentando animá-lo.

— E eu conheci a mulher maravilha! –, ele disse rindo.

— Obrigado por ter me salvado. –, eu digo sorrindo.

— Eu senti tanto medo quando te vi no chão desacordada. –, ele disse.

— Como você sabia o que estava acontecendo aquela hora? –, eu perguntei.

— Eu não sabia Sophia, eu tinha ido atrás de você pra pegar seu número e quando cheguei o cara estava lá batendo em você. –, ele disse meio triste.

— Ainda bem que eu não te dei meu número antes né. –, digo brincando.

— Mesmo que tivesse dado antes, eu voltaria atrás de você com alguma desculpa, só pra te ver mais uma vez. –, ele disse sorrindo.

— Você faz isso com todas? Salva elas de um maluco e depois diz coisas bonitas? –, eu perguntei rindo.

— Só com você. –, ele Disse.

— Descobriram quem era o homem? O que ele queria? –, perguntei curiosa.

— Ele já teve várias passagens pela polícia, cometeu muitos crimes, ele apenas disse que foi contratado por alguém para fazer isso. –, ele disse apontando para as minhas pernas.

— Ele não disse quem? –, perguntei nervosa.

— Ele disse que contrataram ele anonimamente, mas pagariam muito bem pelo serviço. –, Ele disse.

— Que droga! –, eu disse.

— Calma, não se preocupe, já passou, ele foi preso, vai ficar tudo bem. –, ele disse me fazendo carinho.

— Obrigada. Mas e agora como ficam minhas pernas? Eu vou poder andar ainda né?! –, eu pergunto.

— O seu médico vai vir conversar com você sobre tudo depois, mas vai poder andar sim. –, ele disse rindo.

— Ufa, ainda bem! –, eu disse.

— Mas vai precisar de muita ajuda até estar completamente recuperada, nada de trabalhar ou sair, vai ter que ficar um bom tempo de repouso e usando cadeira de rodas. –, ele disse sério.

— O que? Eu não posso parar minha vida assim, eu preciso trabalhar, preciso pagar as contas, e como eu vou fazer as coisas sozinha? –, eu disse nervosa, já pensando em todos os problemas que viriam pela frente.

— Se quer melhorar precisa fazer isso, e quanto ao trabalho você pode pedir uma licença. Não tem ninguém que possa te ajudar? Cuidar de você? –, ele disse.

— Tenho minhas amigas mas elas trabalham na mesma empresa que eu, minha irmã mora no Canadá e meus pais no Brasil, não podem parar a vida deles por minha causa. – eu digo triste.

— Calma, eu posso te ajudar no que for necessário. –, ele disse me abraçando.

— Você já fez muito por mim, mal me conhece, não posso pedir que faça mais por mim. –, eu digo.

— Eu já te conheço bastante, eu olhei sua ficha médica. E não precisa pedir, eu fico feliz de ajudar e sei que você me quer por perto. –, ele disse rindo.

Ter um homem desse por perto, seria um sonho.

— Você é muito convencido. –, eu digo.

— Apenas disse verdades. –, ele disse sorrindo.

— Sei. –, eu digo.

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Espero que tenham gostado do capítulo.
O que mais será que vai acontecer com Sophia?