Capítulo 14

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Nova York.
Terça-feira, 15:00PM.

O dia todo se passaram cenas da minha noite anterior com o Will e só uma palavra é capaz de descrever aquele nosso momento, perfeito.

Sentir cada toque dele em mim era maravilhoso, estávamos tão entregues um ao outro, pela primeira vez senti uma conexão de verdade com alguém e esse alguém era o ele.

Estávamos deitados no sofá da sala assistindo à um episódio de Grey's Anatomy, acabei descobrindo que assim como eu, Will também era apaixonado pela série.

— A personagem que mais sinto falta é a Cristina e você? – ele me perguntou enquanto assistíamos.

— Sinto falta de todos, mas principalmente da Cristina e da Lexie. – eu disse.

— Lexie não devia ter morrido, a Cristina nunca mais deu as caras, nem quando a Mer ficou grávida. – ele disse.

— É verdade... – eu disse.

Depois de ontem o clima entre nós ficou melhor ainda, Will passou o dia todo perto de mim, mas em alguns momentos eu sentia vergonha e nem sabia o motivo.

Quando o episódio já estava pela metade, o soar da campinha pôde ser ouvido por todo apartamento e então eu fiquei me perguntando quem poderia ser, já que as meninas estavam no trabalho.

Antes que eu pudesse levantar Will saiu em direção a porta e foi atender, seja lá quem fosse.

Levantei logo em seguida e pude ouvir a voz de alguém, imediatamente reconheci a voz, era o Dylan.

— Quem é você? –, ouvi Will perguntar a ele.

— Dylan?! –, eu disse, antes que ele tivesse tempo de responder Algo.

— Oi Soph, eu fiquei sabendo do que houve com você, posso entrar? –, ele perguntou.

— Claro, entre. –, eu disse.

— Então, como você está? –, ele perguntou enquanto sentava no sofá.

— Bom, agora já estou melhor, creio que logo vou poder voltar para a impresa. –, eu disse.

— Que ótimo! Mas não se preocupe com isso, não tenha pressa, volte apenas quando estiver 100%! –, ele disse.

— Obrigada, é muito gentil da sua parte. –, eu disse sorrindo.

Não consegui acreditar que meu chefe tinha vindo me visitar, e eu achando que ele nem se lembrava de mim.

Will então fez um barulho como se estivesse limpando a garganta, para chamar nossa atenção.

— Ah, esse é Will, meu amigo. Will esse é o Dylan, meu chefe. –, eu disse.

— Olá. –, eles disseram em uníssono, apertando as mãos.

— Will é quem vem cuidando de mim nesse tempo. –, eu disse sorrindo, olhando pra ele.

— Bom, eu vim aqui também para tratar de alguns assuntos da campanha da Adidas, logo ela será encerrada. –, ele disse. – Me pareceu grosso e ignorou o que eu tinha dito anteriormente.

— Claro, eu venho acompanhando daqui e trabalhando com o pessoal, ajudando nos ajustes, semana que vem já faremos as fotos. –, eu disse.

— Ótimo, quero que façam o possível para entregar antes do prazo estipulado, é o nosso cliente mais importante.

A empresa de Dylan não era a maior de todas no mercado da publicidade, ainda tinha muito a desenvolver e crescer mas tinha grandes e muitos clientes, a Adidas era a mais importante.

Trabalho na empresa dele desde que cheguei à Nova York, já recebi propostas de outras empresas mas nada que me agradasse muito. O salário na empresa de Dylan era muito bom, eu conhecia todos, tinha um ótimo cargo e estava sempre perto da Nati, de certo modo acabei me acomodando.

— Essa semana mesmo mandarei alguém trazer alguns papéis que você precisa assinar sobre a campanha. –, ele disse.

— Tudo bem, eu ficarei aguardando. –, eu disse.

Não demorou muito e ele foi embora, conversamos sobre mais alguns assuntos e nada mais.

— Não gostei desse cara. –, Will disse, após eu fechar a porta.

— Pq? Ele é meu chefe. –, eu disse.

— Ele me deu uma sensação ruim, quando fui abrir a porta, me olhou de cima a baixo e nem falou comigo direito, mal educado. –, Will disse, com uma carranca no rosto.

— Ele é reservado, mas concordo com você, achei a visita dele estranha. –, eu disse.

Nesse tempo que estive no hospital e depois voltei pra casa, muitas pessoas da empresa vieram me visitar, mas não esperava que Dylan viesse.

— Ele é muito mal educado isso sim, ficou cheio de gracinha com você. –, ele disse.

— Por acaso está com ciúme, bê? –, eu disse sorrindo.

— Claro que não Sophia, para com isso. –, ele disse.

— Vem cá. –, fiz sinal para ele se sentar ao meu lado.

Toquei seu rosto e iniciei um beijo calmo. As mãos de Will percorriam todo meu corpo, como se quisesse gravar cada parte minha.

— Não pode me comprar com um beijo. –, ele disse, após nos separarmos.

— E com dois? –, Eu disse olhando em em seus olhos.

— Pode tentar. –, ele disse sorrindo.

E então nos beijamos mais uma vez.

After Him  #empausaOnde histórias criam vida. Descubra agora