110 - Ossos desarmados

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Ossos desarmados,

Descansam em uma pilha,

Antes armados, agora tão calados,

Você não imaginava que seria assim,

Não foi isso que lhe contaram que aconteceria,

Quando envelhecesse e os vermes chegassem,

Que não teria uma cama, em um jardim,

Mas apenas uma trincheira,

Enlameada e os ossos de um colega ao lado,

Que sua namorada não colocaria flores em seu túmulo,

Que não entregariam uma medalha sua à sua mãe,

Que tudo que fez foi negado,

E agora está aí jogado,

Não poder se arrepender por aquilo que você nunca fez,

E como está quem te disse as verdades libertadoras?

Está comendo da sua comida, é claro e quem sabe a sua namorada,

Engordando lindamente no seu trono,

Agora, por que, as verdades libertadoras, nunca libertam?

Por que é tão ruim?

Como pode acreditar que tudo que precisava fazer era agir?

E agir te levou para este lamaçal,

Agora empilhado, tão incapaz, não vê que não adiantou morrer,

Por quem não sabe sequer o seu nome, mas você idolatra o dele,

Ossos surrados quem liga para eles,

Ali tão quietos.

Uma morte nunca impediu, que outro morra, pelo mesmo motivo,

ninguém de matar de outra vez,

De tirar a fórcipe outro filho de Deus deste mundo,

/se'q

O Delicado Som da Hipocrisia e da MaldadeWhere stories live. Discover now