Capitulo 21

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De tarde, sai do local onde o corpo de Vinencia estava e fui para o hotel, Oliver e Louise estavam jogando videogame na entrada do hotel e nem me viram entrando. Subi até o meu quarto e me tranquei lá dentro.

Recuperei ar e fui tomar um banho bem gelado. Vesti uma legging preta, uma blusa colada preta com mangas compridas e botas preta bem presas nas pernas.

O livro me disse que eles corriam perigo comigo perto, talvez não tenham essa preocupação se eu fugir. Coloquei o pedaço dourado de metal, o Bob e o diário de Vinencia, no bolso da frente coloquei quatro adagas ( incluindo a que o Oliver me deu ) e os colares de sol, além de comida suficiente para um dia sem parar.

Coloquei um gorro preto e desci. Eles já não estavam mais jogando, isso era bom pois não me veriam saindo. Caminhei pelas ruas frias daquela cidade e me escondi quando vi algo estranho: algo brilhando no meio da mata. O que era aquilo?

Me aproximei devagar e com muito cuidado, uma adaga já estava em minhas mãos e olhei mais ao fundo e pude ver: uma folha dourada com um bilhete escrito:

Logo, você morrerá.

Que idiotice! Quem perderia tempo em escrever isso? Fiquei uns cinco minutos olhando ao redor procurando pelo escritor, mas foi em vão.

Já estava anoitecendo e eu tinha que sair daquela cidade antes que Oliver e Louise sentissem minha falta. Paguei uma passagem de trem que tinha, e esperei em um banquinho na estação.

Depois de quinze minutos o trem chegou e eu embarquei. Bom, agora seria apenas eu e Bob...

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•Especial Louise:

No dia que vi Lyen percebi que seríamos amigas, não aquelas super ultra mega amigas, mas amigas. Ela agia de forma estranha, sempre ficando com seus mistérios e segredos. Sempre sendo ela.

Como ela notou, eu vou muito excêntrica, mas isso serve apenas para que eu me sinta mais notada. Eu tenho essa necessidade: atenção.

E deve ser por isso que fiquei com ciúmes quando Oliver notou Lyen e não eu, eles sempre saiam escondidos e pensavam que eu não via, logo Oliver começou a entender os segredos de Lyen.

Isso me deixou estranha, eu era uma ignorante quando estava com eles. Tentei abrir um livro que Lyen tinha de capa azul mas ele estava totalmente em branco.

No dia que ela me contou tudo - no bosque - eu desmaiei. Como eles sabem, mas eu estava com raiva, não com medo. Ela dormia comigo na mesma cabana, eu falava para ela da minha paixonite pelo Oliver, e ela não me conta seus segredos?

Agora, estou no sofá da sala de entrada do hotel com Oliver tentando me ganhar no jogo do Xbox. Ele ganhou e começou a se exibir. Revirei os olhos e fui beber água na cozinha. Oliver foi ao banheiro nesse tempo, uma menina com as roupas todas pretas passou e saiu do hotel, ela não me viu.

Ignorei ela e continuei colocando água no copo. Um bilhete dourado apareceu embaixo do pote de cookies, peguei ele e li o que estava escrito.

Lá se foi uma. Uma pena para as criaturas mágicas.

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San Petesburgo, esse era o meu destino, de Moscou até lá. As pessoas se apertavam no trem e pareciam nem notar a presença dos outros.

Consegui finalmente sentar em uma cadeira no fundo, abri o Bob e ele desenhou uma carinha feliz no papel.

Aprendi a desenhar, alteza! =)

- Que bom.... mas Oliver e Louise estão bem?

Ótimos. Ainda não perceberam sua falta, os dois neste momento estão voltando a jogar videogame...espera, um beijo que rolou...tá esquentando. Você entendeu, não precisa de mais detalhes!

Deu muita vontade de gargalhar mas quem em sã consciência iria rir de um livro em branco no meio do trem? Bem, Louise conseguiu o que queria no final: Oliver. E eu estou feliz por eles.

- E... minha mãe?

Não posso lhe dar informações de quem está no mundo das criaturas mágicas. Mas, eu sei o que você deve achar legal: nesses três dias deve estar ocorrendo um festival no reino de Lua. Você e todas as criaturas mágicas receberão forças extras com relação aos poderes e mais velocidade. A duas cidades de San Petesburgo existe um campi de treinamento de lutas em geral com o professor Collin,ele pode ajudar mas não fale de seus poderes!

- Obrigada, Bob! Ajudou bastante!

Guardei minhas coisas e desci em uma parada para respirar normalmente com tanta novidade. Voltei ao trem e dessa vez dormi na cadeira esperando chegar ao meu destino.

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Acordei com as pessoas saindo do trem, o vento que batia em meu rosto estava bastante frio. Peguei minha mochila e desci. Contei o dinheiro que ainda tinha: as mesadas da minha vida inteira. Era dinheiro suficiente para me manter dois meses com condições ótimas.

Comecei a caminhar e achei um hotel no meio da estrada. Entrei e o local era preservado e cuidado, mas com indícios de velhice. Uma mulher me atendeu, a mesma me deu a chave do quarto dois. Agradeci e entrei no quarto: uma cama bonita e confortável, sem janelas, um banheiro e um armário. Realmente o necessário.

Guardei minha mochila dentro do armário e tomei banho. Depois, sentei na cama e fiquei olhando a marca de lua na minha mão. Ela começou a brilhar e como estava escuro ela começou a soltar uma luz fluorescente, comecei a movê-la e a mesma soltava faíscas quando saia do repouso. Comecei a brincar como uma criança com aquela luz até que ela parou e eu pude ouvir um grito vindo do andar de baixo.

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LivMCS

Lyen Oak Moon e o portalOnde histórias criam vida. Descubra agora