Laurah Willians - de volta ao trabalho

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Aquele era o meu primeiro dia de trabalho depois das merecidas férias e eu já chegara na editora, recebendo uma notícia que não me agradara nenhum pouco. O meu chefe, o senhor Brian Reynolds, o velhinho bondoso que sempre lembrava de me comprar um capuccino duplo na Starbucks, porque sabia que eu tinha saído de casa sem colocar nada no estômago, tinha vendido a sua parte na editora para um ricaço do qual eu já ouvira falar antes. Alias eu e toda a New York City, já que era comum ver Christopher Carpenter enfeitar os tabloides e revistas de fofoca sempre na companhia de mulheres tão vazias quanto ele.

Infelizmente era aquela criatura infeliz e egoísta, que foi capaz de se aproveitar de um pobre homem falido, para investir em uma coisa da qual ele não tinha o menor conhecimento, simples e puramente por capricho, que seria o novo Poderoso chefão da editora

Eu estava ferrada!

O que aquele mauricinho pensava que sabia daquele mundo? Era apenas um cretino que queria monopolizar o mundo a sua volta.

Eu conhecia o senhor Reynolds desde que comecei nessa editora como uma simples estagiaria há dez anos e sempre me tratara como uma igual. Ele vira o meu progresso desde o início, confiou no meu desempenho para que eu chegasse onde estou hoje e foi um verdadeiro instrutor desde o início. Houveram más línguas, que supunham que tivéssemos um caso, mas aquele homem foi o que eu tive mais próximo de um pai. E agora vinha um mauricinho de merda e tirava o chão debaixo dos seus pés.

Eu não conhecia aquele infeliz ainda, mas se ele acreditava que eu seria um docinho e facilitaria as coisas para ele estava redondamente enganado.

O senhor Reynolds era como se fosse da minha família e ninguém mexe com a minha família.

 

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