Aline Viana

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Aquela casa era o meu sonho de consumo desde criança. Minha mãe trabalhava ali como empregada doméstica e eu cresci correndo entre aqueles correndo entre aqueles corredores, me escondendo nos guarda-roupas. Minha mãe sempre tentava me conter,mas o Seu Valter não se importava. Ele sempre tratou a mim e ao Alex como filhos. E eu sempre me senti deslumbrada por aquela casa.

Por doze anos, eu economizei, desde que comecei a trabalhar aos quinze anos de idade. Eu guardava dinheiro para comprar aquela casa, e agora eu tinha um bom montante.

Naquela manhã, eu acordei determinada. Já tinha falo com o gerente do meu banco que em breve eu iria dispor do dinheiro que eu havia economizado. Causando-lhe espanto!

Retirei meu velho uno mille da garagem e segui para a casa de Seu Valter.

-Aline!- Glória, a governanta da casa atendeu-me com um abraço carinhoso. Ela me conhecia desde criança e cuidou de nós quando minha mãe morreu- Como você está, minha pequena?

Ela sempre me chamou assim, devido ao fato de eu ser baixinha, com apenas 1,60 de altura. Nunca estive entre os mais populares da escola ou faculdade.

Eu diria que sou um tipo bem comum, pele clara, cabelos pretos ondulados. Acho que sou o que chamam da falsa-magra com pernas grossas, e pneuzinho.

Não gosto de academia e nunca me preocupei em definir corpo. Sei que meu ponto forte é meu intelecto.

-Seu Valter está aí?

-Saiu para caminhar, mas daqui a pouco deve estar de volta. Eu fiz aquele bolo formigueiro que você adora. Coma comigo enquanto espera ele voltar.

Acompanhei-a para a cozinha e me sentei à mesa. Glória puxou assunto, enquanto me servia de uma fatia de bolo. Corri meus olhos pela cozinha e eles foram de encontro a um imã na geladeira que estava levemente torto.

Eu não conseguia mais me concentrar no que Glória dizia, minhas mãos suavam frio e eu precisava consertar aquele imã.

-Aline! Aline...-voltei-me para Glória que parece que já me chamava há um tempinho- O que houve, filha?

-Hã? Nada!

-Tem certeza? - Glória correu os olhos pela cozinha a procura de algo que estivesse fora do lugar. Ela me conhecia bem- Não sei o que tem de errado, mas vá consertar!- ela disse de modo divertido

Levantei e mais do que depressa fui até a geladeira e ajeitei o imã.

- Você e essa sua mania de perfeição.

Ri e voltei a me sentar me sentindo aliviada.

Ri e voltei a me sentar me sentindo aliviada

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