Piloto: "Surprise, sister!"

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- Valeu, Phillip. - Falei para o motorista que educadamente abriu a porta do carro para mim, como sempre fazia.

- É obrigada, Srt Cabello. - Ele me corrigiu fazendo-me revirar os olhos enquanto caminhava até a porta de casa.

Outro dia exaustivo na escola, sem duvida o ensino médio é o mais puxado de todos. Bom, talvez eu esteja falando isso pois ainda não estou na faculdade, mas por enquanto, o pior para mim é o ensino médio.

Mas não é só sobre o quão puxado é que eu estou reclamando, eu estou reclamando de tudo e mais um pouco. Dou graças a Deus esse ser meu último ano escolar, eu já não aguento mais aquela escola com aquelas pessoas irritantemente metidas, com aqueles professores chatos, e aquele ambiente mesquinho. Eu detesto isso. Sou uma pessoa humilde, e não suporto gente de narizinho empinado. Sou da mesma clase que todos naquela merda, tirando os bolsistas óbvio, mas não preciso rebaixar ninguém e nem esfregar meu dinheiro na cara dos demais sem boas condições para me sentir bem como aqueles idiotas fazem, eu não vejo a necessidade de tanta babaquice.

Infelizmente á anos convive ao meu lado um serzinho igual a eles, minha irmã. Porém, por mais que eu tente, eu não consigo odiá-la por isso, Camila é tão doce, bom... As vêzes, pelo menos comigo ela é. Mas nesse momento nem a doçura ela vai me fazer esquecer o que ela fez. Camila nesse momento está merecendo todo meu desprezo, por isso quando eu vê-la minhas palavras seram: "Oi Maninha, fode-se, maninha" E depois me trancarei no quarto para não ver a cara dela o resto do dia, se pudesse eu não veria mais o resto da minha vida... Mentira, eu não suportaria viver sem ela em minha vida.

Camila e eu somos consideradas irmãs desde os nossos 4 anos de idade, bom, ela 5, já que a mesma é apenas uma ano mais velha que eu. Eu tenho 17 ela 18, e embora não sejamos irmãs de sangue, temos uma forte ligação, tipo, forte mesmo, uma que eu poderia dizer que, nenhum outro irmão, mesmo de sangue, tenha.

Isso chega a ser estranho as vêzes, mas eu gosto. Gosto de ser a Lolo dela. Bom, pelo menos eu era, já que agora ela anda me trocando pelo namoradinho e não lembra mais que eu existo.

Entrei em casa batendo já a porta  vendo que ali ninguém estava, pois o silêncio pairava no ambiente. Fui até a cozinha, eu precisava beber algo, minha garganta estava seca. E lá também não encontrei ninguém, o que significava que Camila não estava lá, fazendo assim enterrar os três dias que não a vejo, porém ao subir as escadas após sair da cozinha, eu ouvi risadas, risadas bem conhecidas.

Caminhei lentamente pelo corredor até a porta do quarto de Camila que estava aberta, e lá eu encontrei nada mais nada menos que Camila e seu namoradinho deitados na cama aos beijos. 

- Que nojo! - Resmuguei enojada antes de sair dali, porém algo me fez voltar.

- LITTLE SIS!!! - O grito de Camila me fez para no meio do corredor. - Que saudades, amor!! - Ouvi-lá me chamar assim me fez fechar os olhos  e respirar fundo, contando até 10 e pedindo a Deus pra não me virar e jogar na cara dela a coca que havia a pouco colocado no copo em que eu segurava.

Tudo só piorou quando ou senti seus braços envolverem minha cintura e sua cabeça pousar em minhas costas carinhosamente. Eu fiquei imóvel, meu coração batia acelerado, e minhas mãos estavam trêmulas e suadas.

Geralmente aquilo sempre acontecia quando eu estava com ela, quando ela me abraçava e me olhava com carinho, e eu achava normal, afinal ela era das pessoas que eu mais amava, mas agora era diferente, eu estava nervosa e com raiva, mas creio que muito mais nervosa, acho que pelo medo de tomar uma atitude dura que a machucasse.

Mas poxa, se eu falasse algo não seria nada comparado ao que ela fez, ela me machucou primeiro, sumindo no dia do meu aniversário pra ficar de pegação com o namorado, isso não se faz com a própria irmã, eu pensei que fosse importante para ela, mas pelo visto...

My stepmother's daughterOnde histórias criam vida. Descubra agora