My stepmother's daughter

7° Capítulo: "A boyfriend for my sister."

Como seria conviver com alguém que você ama sem poder tocá-la como deseja tocar? Beija-la como deseja beijar? Ama-la como anseia amar? Não sabem? Nunca tiveram o desprazer de uma amor não correspondido? Pois eu lhes digo:   A sensação não é tão agradável quando pensam, talvez chegue até perto ou além do terrível.  Só imaginem as piores coisas capazes de partir um coração e é isto.

Saber que provavelmente nunca terá a pessoa que ama é cortante e fere mais do que mil facas cravadas no peito de um homem. Ruim mesmo é vê-la nos braços de outro (a). Você tentar ficar feliz por ela, e até fica, mas a dor e o sofrimento são inevitaveis. É algo que te mata pouco a pouco por dentro. Que vai te corroendo, e o pior, não a quem culpar por isso, a culpa se torna só sua por amar alguém que não te ama, mas, ao mesmo tempo, não se torna nem sua e nem de ninguem, porque o amor é algo inevitável.

Nunca consegui compreender o amor, desde bem pequena, quando ainda não fazia idéia de suas consequências, eu já não sabia compreende-lo. Ele poderia ser quente e acolhedor, como um chocolate quente de frente à uma fogueira no frio de Dezembro. Ele poderia ser divertido, como uma manhã insolarada de domingo, e intenso, como aquela musica que toca a sua alma. Mas, quando não dá certo, quando não é como esperamos ou planejamos, ele pode ser árduo e doloroso, doloroso de uma forma inexplicável.

Não creio que há palavras para descrever exatamente a dor de um coraçao partido, mas se sabe que ele vai acabando com você aos poucos, tanto psicologicamente como fisicamente. É uma tortura, como qualquer outra e não menos pior, que pode te levar a um estado totalmente crítico de depressão ou até mesmo loucura. Com ele você perde todos os seus sentidos, ficar vulneravel antes, durante e depois dessa experiencia e isso é só o de menos. Isso, é claro, se você não se precaver, se não tomar o devido cuidado, se não deixar se abater a algo que pode levar até a morte do seu interior.

O amor é perigo, eu já havia sido pega na primeira fase, mas agora, mesmo não sabendo como, eu iria tomar cuidado...

Uma semana depois...

Desde o ocorrido na casa de Dinah, eu havia prometido a mim mesma que ficaria quieta pelo resto das férias. Camila não merecia mais dor de cabeça depois dos últimos incidentes. Ela não tinha culpa pela confusão em mim, literalmente. Então eu não precisava tentar atingi-lá de alguma forma por isso. Era complicado, tudo era complicado, mas eu tinha que segurar a barra, e talvez eu estivesse conseguindo. Porém, vê-la todos os dias com Shawn não era nenhuma ajuda.

Quando eu ficava extremamente triste, em um estado que nem mesmo meu espírito aguentava, sentia uma enorme necessidade de correr para os braços dela e me acolher no calor deles, como uma forma de tentar fazer com que aquela dor passasse, como se ela fosse a arma que me fere, mas também o remédio que me cura, que cicatrizava. Era fato que não era só quando estava dessa forma que sentia essa vontade, eu tinha a ânsia de tê-la a todo estante, a cada segundo do meu dia, mesmo trancada no quarto sem vê-la, eu tinha. Meu peito até doia quando pensava que aquilo jamais séria mútuo, ou quando Shawn aparecia, para completar minha infelicidade. 

Mas eu sabia que logo ficaria bem, Dinah me falava isso a todo estante. Nas horas em que ela não estava tentando me convencer a contar a verdade, ela mantia aquele famoso ditado na boca, porém, embora nada fosse para sempre e eu soubesse disso, aquilo não evitava a de dor agora.

- Vai querer mais pipoca? - ouvi aquela voz soar docemente em minha direção e tirei minha atenção da TV para olha-la, mas é claro que minha concentração estava longe de esta ali, naquele filme. 

Eu estava pensando nela, como sempre nela, e, como nas diversas vezes, me perguntando se estava louca ou se aquilo tudo era mesmo real. Para mim ainda era inacreditável, embora eu estivesse sentindo muito mais que a dor de um beliscão, haviam momentos em que a ficha tinha que cair novamente.