A filha do meu padrasto!

A perda..

Francine Narrando -

Depois que escorreguei na pista de dança senti uma dor muito forte na barriga. Eu não tinha bebido muito era apenas a pista que estava molhada e meu sapato escorregou, que perigo! Fui pra casa com o Lipe e ficamos brincando com os nossos filhotinhos e até que senti uma dor muito forte e fui tomar um banho pra ver se conseguia relaxar. Tirei a roupa e vi que estava um pouco suja de sangue e então pensei que minha menstruação tinha vindo né. Fiquei tranquila até que não aguentei aquela dor forte que parecia estar me espremendo toda por dentro. Eu agachei no banheiro e foi quando vi uma poça de sangue no chão. Fiquei assustado pois isso nunca aconteceu comigo até que não aguentei e me sentei no chão e chamei o Felipe! Eu queria um remédio, uma roupa quente, um chocolate mas eu também queria chorar muito! Que tpm é essa? O Felipe veio correndo todo preocupado e fez tudo que eu pedi e me levou pra sala e foi se trocar... Aquela dor não passava de jeito nenhum e eu comecei a ficar tensa até que o Felipe disse que ia me levar ao médico e me colocou dentro do carro e o tempo foi delicado comigo, se preocupou, ficou ali segurando a minha mão e até que ele chegou e me levou no colo. Eu já estava me sentindo fraca, sensação de desmaio o tempo todo até que ouvi vozes, vi que me colocaram na cadeira e logo me levaram para fazer exames. Eu sentia uma câimbra no abdômen e fiquei ali, fraca, com dores. Demorou um pouco e logo a Doutora entrou.
- Está tudo bem Francine?
- Não sei.. O que aconteceu?
- Então.. Você estava grávida de 2 meses...
- Como assim? Eu menstruei.. Eu tomo remédio!
- Pode acontecer de menstruar durante a gestação.. Fique calma.. Pode ser que você esqueceu de tomar um dia, ou dois..
- O que você quer dizer que eu estava? Eu não estou mais?
- Você teve um aborto..
-  Abo...aborto????? - Eu não consegui pensar pensar em mais nada, minha cabeça estava com um turbilhões de coisas, meu estômago embrulhava, eu tive um ataque de desespero e até que continuei.
- Como eu não percebi isso? Como não percebi que estava grávida de 2 meses? Como eu não me cuidei? Meu Deus, o que eu fiz, o que eu fiz com o meu filho? Eu sei que sou nova Doutora, eu sei que a maioria das garotas iam querer isso mas eu não, eu não queria perder um filho que foi fruto do meu amor pelo Felipe.
- Não se culpe pelo aborto pois é pouco provável que tenha sido causado por algo que tenha feito. Por exemplo, abortos espontâneos não são causados por relações sexuais ou exercícios vigorosos. Mágoa, raiva, e sentimentos de culpa são comuns. Procure apoio dos amigos ou de outras pessoas que já tenham passado pela mesma experiência. É comum ter medo que seu aborto signifique que não será capaz de engravidar novamente. Lembre-se, contudo, que na maioria das mulheres a próxima gravidez é normal. - Ouvir aquilo foi como se eu tivesse tomado um tiro, eu me sentia despedaçada, incompleta. Eu só sabia chorar o tempo todo e acho que me sedaram pois eu apaguei.

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