2 - O Vampirismo Nunca Será Apenas Uma Lenda

18 4 0
                                    

Eu fiquei paralisada ao ver minha melhor amiga atacando uma pessoa inocente literalmente como um animal selvagem, então o Julian tirou a Brooke de cima da enfermeira, a jogando no chão, em seguida deu seu sangue para a mesma a hipnotizou, fazendo ela esquecer de tudo, depois a enfermeira saiu do quarto.

- Mmhm... parece que alguém aqui precisa de algumas aulas com o Sr. Walters. - Disse o Julian, olhando para a Brooke que estava jogada no chão e logo em seguida para mim.

Me encorajei e, sem medo, me aproximei da Brooke tentando entender porque de ela está tão quieta, e ao chegar mais perto eu consegui entender o porquê, ela está chorando.

- Eu não consegui evitar, era como uma necessidade e eu... eu precisava... O que está acontecendo comigo? Por que eu fiz aquilo? Por que eu estranhamente... gostei disso? - Ela perguntou, desesperada e desorientada.

- Como eu posso te explicar isso sem que se torne constrangedor? - Questionei depois de abraçá-la forte.

- Não seja tola, ela já sabe que é uma vampira, só não quer acreditar nisso. - Disse o Julian, antes que eu pudesse pensar em como explicar o que está acontecendo de uma forma sutil. - Ah! E a propósito, se eu fosse você, Mary, eu não chegaria tão perto, no começo é praticamente impossível controlar.

- Julian! - O repreendi.

- Impossível! Como posso ser uma... uma vampira se eu nunca morri e nem mesmo bebi sangue de vampiro? - Perguntou a Brooke, nervosa e confusa.

- Tecnicamente, a Molly... - Não tive coragem de terminar o que eu ia dizer, então o Julian concluiu por mim.

- Você quase morreu naquele acidente com o Christopher e...

- Ai meu pai, o Chris! Por favor me diz que ele está bem. - Pediu, desesperada.

- Não sabemos ao certo como o Chris está, ainda não podemos ver ele, mas espero que esteja bem. A Megan armou para ele, mas não ocorreu tudo como ela queria... De alguma forma a desgraçada da minha suposta mãe pôs o sangue dela no café do Chris hoje e provocou aquele acidente de propósito, causando tudo isso, mas o Chris acabou não bebendo o café.

- Desculpa, é muita informação de uma só vez para o meu cérebro captar, então vocês podem falar uma coisa de cada vez? Começando com o fato de eu ter me tornado uma vampira assim, de repente.

- Ok, vamos lá... depois do acidente, nós te trouxemos para cá junto com o Chris, e você não tinha muitas chances de sobreviver e caso isso acontecesse.. - Expliquei, até o Julian me interromper, de novo.

- Caso isso acontecesse, você ia ter uns 60 anos pela frente escolhendo cadeiras de rodas chiques ao invés de sapatos, já que você ia ser uma paraplégica. Então a Molly resolveu te dar um pouco de seu sangue e em seguida quebrou o seu pescoço, e todos viveram felizes para sempre... fim!

- Espera aí, eu ia ficar... paraplégica e então a Molly quebrou o meu pescoço? - Ela perguntou, boqueaberta. - Então os exames que a enfermeira me falou não deram errado, era o processo de cura agindo dentro de mim. Não sei se eu agradeço a Molly por ter me impedido de passar o resto da vida sentada numa cadeira de rodas ou se mato ela por ter literalmente quebrado o meu pescoço, me condenando a beber sangue pelo resto da minha eternidade.

- Desconsiderando o fato que eu gosto da Molly por ela pensar como eu. No seu lugar, eu daria o troco. - Disse o Julian, frio.

- Julian! - Chamei a atenção dele.

- Me corrija se eu estiver errada, mas você falou em alguma Megan e que é a sua suposta mãe? Sem querer dar uma de insensível, mas a sua mãe não estava morta?

Cidade Dos Ataques (A TRANSIÇÃO) Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora