- Não! - Gritei desesperada e a Molly me abraçou.
Não consegui falar nada, não tive outra reação além de chorar como uma criança desesperada.
- Nem sei o que dizer. - Disse a Molly, ainda me abraçando forte com algumas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
- Como isso foi acontecer? O que aconteceu com ele?
- Eu não faço ideia, mas a pergunta certa é: Quem e por que fizeram isso?
* * *
Semanas antes...
- Impossível! A minha mãe está morta, ela morreu em um acidente de carro há 14 anos, é impossível que ela esteja viva. - Falei, assustada.
- Tecnicamente sim, eu estou morta, mas não foi naquele acidente que isso aconteceu. Considerando que você tenha me visto com presas enormes e olhos pretos, acredito que já saiba o que aconteceu comigo. - Ela falou, fria e séria.
- Bem, se você é mesmo quem diz ser, por que só resolveu aparecer depois de 14 anos? E além disso, como se nada tivesse acontecido? - Perguntei, esperando por uma resposta.
- É uma longa história, eu até poderia te contar, mas isso não me convêm. - Ela respondeu, ainda mais fria.
- Não escute ela, Mary, a Megan está com as boas emoções desativadas. - Disse o Julian, me fazendo entender porquê eu quero que caia um meteoro na cabeça dela.
- Emoções desativadas? Não sabia que isso é possível.
- As pessoas se surpreendem às vezes, não é? - Ela olhou para na direção de algo atrás de mim. - Por que não fala para seus amigos e seu irmão que você pode se cuidar sozinha? Aproveite e diga ao seu amigo que desligar os faróis do carro e ficar há 500 metros de distância não adianta de nada, ainda tenho ouvidos.
- Do que você está falando? - Perguntei e ela apontou com a cabeça para atrás de mim, então eu percebi o que ela quer dizer. - Não acredito que ele fez isso. - Falei, decepcionada e com medo de que ela machuque o Mike.
- Sem querer piorar as coisas, mas o seu "irmãozinho" também está naquele carro com ele... Está ouvindo isso, Julian? - Ela olhou para ele. - É um carro em alta velocidade há um pouco mais de um quilômetro de distância. - Ela voltou a olhar para mim, com um sorriso frio e maldoso. - Considerando o fato de que eu hipnotizei alguém para colocar um tronco de árvore na estrada há exatamente um quilômetro daqui, suponho que esse carro vai capotar em 3, 2...
Ouvi um barulho alto atrás de mim e quando me virei, ví de muito longe um carro capotando mais ou menos na distância que ela falou.
- O que você fez, sua maluca? Eles podem ter morrido.
- Mary! - O Julian parecia espantado. - Esse carro não é de uma pessoa qualquer, são o Christopher e a sua amiga loirinha lá dentro.
- O quê?! - Gritei e instantaneamente senti algo ruim dentro de mim, como se alguém tivesse me dado um soco no estomago. Corri até o meu carro e a Megan se pôs na minha frente. - Sai da minha frente ou não respondo por mim. Não importa se você é minha mãe ou se não está sendo você mesma.
- Acho melhor você correr, tentei fazer o Christopher beber meu sangue no café da manhã hoje, mas ao que parece ele não o bebeu e a sua amiguinha... eu nem sabia que ela viria. - Comentou, sendo irônica, e sem pensar duas vezes eu lhe dei uma facada na barriga.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cidade Dos Ataques (A TRANSIÇÃO) Vol. 2
VampireMinha vida mudou completamente ao me mudar de Chicago para Red'Stone, mas com A DESCOBERTA de que vampiros e bruxas realmente existem e agora com a volta da minha mãe dos mortos, tudo virou de cabeça para baixo, afinal não é todo dia que você recebe...