Question!

Os suspeitos

Sábado 01:00
Estava morrendo de sono, e olhando só para a mulher misteriosa, quando meu pai chega e logo o policial me chama para ser questionada. Não vou mentir estava querendo sair correndo para minha casa e colocar um pijama, e também nervosa de estar ali, sendo suspeita de algo tão cruel. Chegamos na cozinha da mansão onde estavam vários policiais e dois homens de terno sentados a pequena mesa, que provavelmente as cozinheiras de Willian utilizavam.
- Seu nome é Violet Carminne, certo? - Ouvi do homem chamado David.
- Si...Sim - Estava mais nervosa do que eu imaginava, nem falar um simples sim conseguia.
- Ei menina, não precisa ficar nervosa, são só algumas perguntas, você não tem cara de assassina e seu pai me disse que você teve um desmaio na hora que ocorreu o crime, certo?
- Certo.
- Então, me diga o que sabia sobre Willian?
- Seu policial, desculpa, não sei como lhe chamar. Eu nem conhecia o sujeito, sabia por nome pois meu pai trabalhava para ele. Mas nada além disso - Disse muito nervosa.
- Pode me chamar de David, mas seu pai não tinha motivos para brigar com o senhor Willian?
- Claro que não, os dois sempre se deram super bem, por favor não faça nada com meu pai, ele é honesto e não mata nem formiga.
- Eu pude ver em seu pai muita honestidade Violet, porém estou aqui para fazer meu trabalho, não posso deixar nada passar.
- Entendo - Falei olhando-o nos olhos esverdeados.
- Mas senhorita Carminne, o banheiro que você estava era no andar de cima, sim?
- Sim.
- É isso Violet, pode esperar com seus pais que logo daremos mais informações.
O policial com a voz grave me acompanhou até meus pais e chamou a misteriosa mulher, descobri que seu nome era Scarlett, nome bonito, combinando com sua aparência elegante, porém havia algo misterioso nela que não conseguia dizer o porquê.
Depois de longa espera, volta a misteriosa mulher ao lado do policial, porém ela antes de voltar a sentar, olhou para mim com um jeito de que parecia eu a assassina. Vou confessar que até me arrepiei.

Sábado 2:30
Estava cochilando no ombro de meu pai quando surge o homem de terno preto, batendo a colher em um copo para que todos viessem a prestar atenção nele.
- Pessoal, um pouquinho de atenção por favor, eu e meus colegas conversamos e não será necessário manter todos aqui - Diz o detetive.
Nesse momento uma sensação de alívio percorreu meu corpo, pois sabia que eu e minha família seríamos liberados...
- Porém os nomes que meu colega disser agora, terão que ficar na mansão para mais perguntas e uma possível prisão - Disse o homem olhando para geral na salão.
- Por favor vou pedir à, Sr. Richard Antoniazzi, Sr. John Davis, Sra. Lily Lewis, Srta. Scarlett Hill e Srta. Violet Carminne. Os demais estão liberados para retornar a suas casas.
Quando escutei meu nome, meu coração quase saiu pela boca. Por que raios estava com o nome naquela lista? Eu estava inconsciente e talvez fosse culpa do verdadeiro assassino. Comecei a chorar, meus pais diziam para eu manter a calma que tudo daria certo, mas a única coisa que pensava era no por quê disso tudo. Nem queria vir a essa festa e agora sou uma das maiores suspeitas. Grande dia o meu.
- Os senhores não podem ficar aqui - Falou um dos policiais a meus pais.
- Mas e nossa filha vai ficar sozinha? - Disse meu pai nervoso.
- Por favor senhores, eu só faço o que me mandam, e se não se retirarem agora serei obrigado a chamar os reforços...
Quando meu pai estava abrindo a boca para xingar o policial, eu interrompi.
- Podem ir, sério, ficarei bem e logo me levarão em casa.
- Tudo bem filha, se é assim que você quer. Te esperamos em casa - Meu pai disse.
Me despedi deles e fiquei observando os dois saírem com algumas pessoas. É eu estava entre os maiores suspeitos sem nem saber o motivo, pois eles não existiam, aposto que foi coisa daquela Scarlett, queria falar com ela quando os policiais aparecem de novo para falar com nós.
- Muito bem, vamos até o andar de cima, todos ficarão lá até solicitados pelo detetive David.
- Posso saber por que estou aqui? - Disse alterada.
- Não posso lhe contar - O policial respondeu.
Nisso recebi outro olhar de Scarlett, estava tão nervosa que nem liguei dessa vez. Estávamos indo para biblioteca da casa de Willian, o último cômodo da casa, lá ficaríamos com um assassino e sozinhos. Entrando lá escolhi uma poltrona para descansar, pois meus pés estavam doendo e muito por causa daqueles malditos sapatos. Scarlett sentou na cadeira a direita de mim.
- Ok, vamos conversar, quero saber o que vocês tinham contra Willian e o que faziam naquele momento - Disse David.
- Eu nem conhecia esse cara - Falei muito irritada.
- Hum, próxima, Srta. Scarlett.
- Éramos amigos e talvez um pouco mais.
- Nem vou perguntar agora o que é esse "um pouco mais", Sr. Richard?
- Jogávamos Vôlei aos fins de semana em nosso clube.
- Sr. John?
- Éramos parceiros de negócios.
- Sra. Lily?
- Éramos amigos, mas sim apenas amigos - Lily disse isso olhando com desprezo a Scarlett o que me fez arrepiar.
- Isso foi para vocês se conhecerem, e ouvir o que cada um era de Willian, agora esperem aqui e não façam nada pois descobriremos - Por fim disse David saindo do cômodo.
Tudo ficou em silêncio por dez minutos até que eu disse:
- Vocês sabem por que estamos aqui? Eu nem consciente estava!
Todos se entreolharam, até que a mulher misteriosa quebrou o silêncio.
- Vocês são burros ou o que? Todos aqui estavam no andar de cima quando aconteceu o crime...
- Mas eu estava desmaiada.
- A quem você quer enganar menina? Vi você andando por lá.
- Você que matou e agora está me acusando senhorita perfeita - Disse irritada.
- Melhor calar essa sua boca menina.
- PAREM AS DUAS! - Por fim ouvimos a voz de John - Brigar não vai adiantar, agora estamos todos aqui, e eu sei que estou ferrado.
- O que você fez? - Falei.
- Estava aqui, mas procurando por algumas economias de Willian, para vocês sabem...
- Seu ladrão - Disse Richard.
Quando Lily interrompeu.
- Eu estava apenas fumando escondida de meu marido e de Willian também, pois tinha prometido parar.
- Como sei que vocês não estão mentindo? - Disse Scarlett.
- E você o que fez? - Falei.
- Não devo explicações a vocês.
Todos 5 suspeitos olharam para a mulher.