Capítulo - 7

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Pov Lauren

— Pelo visto vocês já se conhecem! – disse Dinah bebendo um gole do seu uísque.

Camila estava bem a minha frente sentada na cadeira da mesa, com minhas amigas. E estava me olhando e eu também retribuía esperando ela me responder.

— Agora pronto, devo satisfações a você? – ela perguntou seca e com faíscas nos olhos. Tenho certeza que essa mulher me odeia.

— Deveria! – disse em um tom malicioso e todo mundo que estava na mesa riu.

— Já deu pra mim. – disse se levantando e ajeitando o vestido colado no seu corpo. — Mani já vou indo, você vai ficar? – disse olhando para uma mulher que estava sentada ao lado de Dj, à abraçando. Olhei para Dj e dei uma piscada de olhos e ela riu.

— Mila eu vou ficar.. Toma esse dinheiro para você pagar uber. – disse esticando cem pratas para a latina, que ignorou.

— Não precisa Mani eu tenho aqui. – disse apontando para a bolsa que estava no lado da sua cintura. — Foi muito bom conhecer vocês, me diverti demais. Só que já deu. – disse sorrindo, e parando na última parte olhando pra mim. O que eu fiz pra essa mulher? MEU DEUS, que louca. Ela ia saindo e eu acompanhei ela.

— Camila! – chamei seu nome, mais uma vez e outra, mas ela ignorou. Já estávamos na saída quando eu puxei seu braço delicadamente claro. — Você quer uma carona, eu posso? Você quer? – perguntei e ela olhou para mim novamente com aqueles seus olhos castanhos pegando faíscas. Tirou seu braço da minha mão brutalmente e soltou uma gargalhada irônica.

— Claro que não. – disse quando cessou as gargalhadas.

— Qual é Camila, moramos no mesmo prédio, no mesmo andar, não custa nada! – disse calmamente e ela me olhou de novo, já não tinha mais faíscas no seu olhar e eu agradeci mentalmente por isso.

— Tudo bem! – disse e deu um leve sorriso. Quase comemorei mais deixei isso de lado. Só devolvi o mesmo sorriso, na mesma intensidade. Seguimos para o estacionamento onde o meu carro estava. E logo avistei o mesmo. Destravei o alarme. Abri a porta do carona para ela, que entrou e disse obrigada. Dei de ombros e entrei no carro.

— Coloque os cinto! – disse e ela revirou os olhos, logo colocando o mesmo. Fiz o mesmo e liguei o carro.

Já estávamos à caminho do prédio em que morávamos. O caminho foi feito em total silêncio, nenhuma palavra dirigida por mim e nem outra por ela. Para não ficar nesse constrangimento liguei o rádio. Tocava uma música que talvez eu já teria escutado, mas a banda eu conhecia, bom eu acho na verdade. Camila começou a cantar a música e eu fiquei surpresa. Ela deveria estar com uma boa quantidade de álcool na veia para fazer isso.

I know how it goes (Eu sei como isso vai)

I know how it goes from wrong and right
Silence and sound (Eu sei como isso vai do errado para o certo. O silêncio e o barulho)

Did they ever hold each other tight, like us? (Eles já se abraçaram apertado, assim como nós?)

Did they ever fight, like us? (Alguma vez eles já brigaram como nós?)

You and I (Você e eu)

We don't want to be like them (Não queremos ser igual a eles)

We can make it 'till the end (Nós podemos fazer isso até o fim)

Nothing can come between (Nada pode ficar entre)

You and I (Você e eu)

Not even the gods above (Nem mesmo os deuses lá em cima)

Can separate the two of us (Podem separar nós dois)

No, nothing can come between (Não, nada pode ficar entre)

You and I (Você e eu)

Oh, you and I (Oh, você e eu)

A música acabou e Camila também parou de cantar.

— Que música é essa? – perguntei sem tirar os olhos da pista. Logo parando em um semáforo que estava vermelho. E olhei para ela.

—  É da banda One direction, You and I. – disse e eu quase gargalhei por ela gostar das músicas deles. — Eu amo essa música!

— Você gosta das músicas deles? – perguntei sem acreditar e ela fechou a cara.

— Sim, eu gosto de algumas músicas deles. Algum problema? – perguntou e eu neguei com a cabeça dando um leve sorriso.

— Não, claro que não. – disse e vi ela encostar sua cabeça na janela da porta do meu carro. Fiquei a olhando logo desviando o olhar quando o semáforo abriu.

Passou dez minutos e finalmente chegamos no nosso prédio. Passamos pelo segurança do prédio e segui para o estacionamento do mesmo. Estacionei meu carro, desci do mesmo e abri a porta do carona para Camila descer. Ela saiu do mesmo e travei as portas dele. Saímos do estacionamento em total silêncio. Passamos pelo porteiro que acenou para nós duas, logo seguimos para o elevador.

— Sua amiga tem sorte de ter Mani! – disse sorrindo e me olhando.

— Aquela morena é a sua amiga? – perguntei.

— Claro né Lauren! – disse como se fosse o óbvio e fazendo uma cara engraçada. Dei uma risada.

— Verdade, Dinah fala da sua amiga o dia todo no trabalho. – digo dando de ombros.

— Vocês trabalham juntas? – perguntou e eu concordei. — Deve ser legal trabalhar com uma amiga! – disse rindo e eu fiz uma careta.

— Acredite, não é nada. – disse fazendo a careta ainda e ela soltou uma gargalhada bem gostosa. — Brincadeira, até que foi bom trabalhar com Dinah. – disse e ela me olhou confusa.

— Porque foi bom? Você vai sair do trabalho? – perguntou totalmente confusa. Sorri e ela franziu o cenho.

— Totalmente o contrário, eu vou avançar de cargo na empresa. – disse fazendo uma careta e ela deu uma risada.

— Entendo. – disse concordando com a cabeça. O elevador, parou no nosso andar e saímos do mesmo. Ela foi para sua porta e eu para minha, olhei para ela vendo ela tirar sua chave do apartamento.

— Como se diz? – disse quase gargalhando. Vi ela revirar os olhos.

— Muito obrigada Lauren, mesmo. – disse e sorriu sem graça, eu concordei. Vi ela entrar pela porta e voltar novamente. — Boa noite.– disse sem jeito.

— Boa noite Camila.– disse e ela entrou no apartamento dela. Fiquei  olhando para a porta por mais trinta segundos e abri a minha logo entrando pela mesma.

Essa latina é muito misteriosa, e eu iria descobrir todos esses mistérios, claro se ela permitir.

         

                                     

Little Things (Camren G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora