Vão se os dedos, ficam-se os anéis

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"Flutuei sob a Câmara, em tal hora,
Tinha gente cansada, tinha gente sofrida,
que trabalha sóis lancinantes, na madrugada afora
Encantando-me com seus cânticos de euforia.

Há fumaças nas casas, a refeição, posta 
Há fezes de patos, arrogantes, infiéis; 
Ao som do hino nacional, indecorosa proposta 
Dedos de quem se foi, ficam-se os anéis.

Soldados sem face, aguardam lá fora,
Meia-noite, votações correm. Veladas!
Gatos pingam à espera, marmelada;
Prefeitura, Empresas, Partidos, Penapolenses, a pizza!

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