PROSTITUTA POR ACASO

Capítulo 11

POV Alissa Mayer

Acordo as 9h da manhã e vejo que a Rose já está na sua cama.
Vou ao banheiro, faço a minha higiene matinal, me visto com uma blusa simples e um macacão jeans.
Vou p'ra cozinha e encontro algumas garotas tomando café.

"Bom dia Alissa" disse a Dayse, ela me ajudou a limpar as mesas ontem.

"Bom dia" disse eu me sentando e me servindo.

"Ontem eu vi um homem muito charmoso olhando p'ra você é você nem deu a mínima p'ra ele" disse ela é eu me engasguei com o suco.

"Eu? Não claro que não" disse eu mentindo.

"Sim, você".

"Mesmo se ele estivesse, eu não quero me envolver com ninguém, e parece que várias de vocês estiveram me observando ontem".

"Sim porque era o seu primeiro dia".

"Ahh, tá".

"Bom dia meninas" disse a Megan entrando na cozinha.

Eu me concentrei no café, enquanto elas conversavam.

"Bom dia Megan" disse a Edith.

"Vocês não imaginam o quanto a minha noite foi maravilhosa" disse a Megan.

"Todas as suas noites são maravilhosas" disse a Rose entrando na cozinha.

"Mas essa foi diferente" disse ela.

"Porque?"disse a Edith.

"Ele estava morrendo de desejo por mim" disse ela se gabando.

"Todos os homens que vêm aqui sentem desejo" disse a Rose. Fazendo com que todas nós ríssemos.

"Do que estão rindo" disse ela nervosa e todas nós nos calamos. "Eu vi ele olhando p'ra você ontem Alissa".

"P'ra mim, não, nem percebi". Porque que elas ligam tanto p'ra isso.

"Não se faça de desentendida" disse ela apontando o dedo na minha cara.

"Mesmo se ele estivesse, eu não sou invisível, ele pode olhar p'ra qualquer uma" disse eu me levantando e colocando as chícara no vaso.

"Mas ele é só meu" disse ela se levantando em seguida.

"Ohh, nem percebi, mas p'ra isso ele teria te assumido, não te deixaria ser uma prostituta e nem comeria qualquer uma" disse eu pegando as chícaras de algumas garotas que cá deixaram.

"Olha como fala comigo" disse ela me empurrando e me fazendo derrubar as chícaras. Essa garota está passando dos limites...

"O que está acontecendo meninas" disse o Galego entrando na cozinha.

"A Megan está dizendo que o Lewis lhe pertence" disse eu.

"Pelo amor de Deus meninas, estão brigando pelo Lewis" disse o Galego rindo.

"Eu não estou, nem o conheço direito" disse eu.

"Ninguém aqui o conhece direito excepto eu" disse a Megan.

"Megan, você sabe muito bem que a maioria aqui já esteve na cama do Lewis, então me faça o favor né" disse a Rose.

"E se o Lewis souber que vocês morrem de amor por ele é bem provável que ele mude de boate" disse o Galego.

"Não, ele não pode fazer isso" disse a Megan apavorada.

O Galego se retirou e eu e a Rose limpamos a bagunça. Em seguida eu e a Rose fomos para o quarto e ficamos conversando.

"Ali, você nunca me contou porque que você foi parar nas ruas".

"Eu vou contar mas você não pode contar p'ra ninguém".

"Eu sou de confiança! ".

"Bom, na verdade eu saí de causa da minha mãe".

"O que ela tem?".

"Ambição".

"Ambição? " disse ela estranhando.

"É, na verdade a minha família é cheia de posses, o meu pai tem uma empresa, nós vivemos numa mansão, temos uma fazenda..." disse eu e ela fica boquiaberta.

"E então porque que você largou uma vida de luxo p'ra morar na rua?".

"Você nem sente a luxúria quando não há amor" disse eu triste.

"O que quer dizer com ambição" disse ela curiosa.

"A minha mãe queria que eu me casasse p'ra aumentar a sua fortuna" disse eu não conseguindo segurar as lágrimas. "Eu senti como se ela estivesse me vendendo".

"Você quer parar? Se não consegue falar pode parar".

"Eu quero desabafar".

"Tudo bem, mas pode parar quando quiser".

"E ela falou que isso é para o meu bem e isso aumentaria a minha herança, mas eu não queria nada disso, eu só queria me formar em medicina e ajudar as pessoas".

"Você estava fazendo medicina? Que incrível".

"Sim, mas ela não queria que eu fizesse".

"Porque?".

"Ela queria que eu me casasse e servisse somente ao meu marido, que eu gastasse o dinheiro dele, com salões de beleza, vestidos, mas eu não queria isso p'ra mim, eu quero ter o meu próprio emprego e ser alguém na vida".

"E quando foi que você decidiu fugir?

"Quando eu fui conhecer o homem que iria se casar comigo eu o tratei mal e a minha mãe me colocou no porão só que eu consegui fugir".

"Ela te colocava num porão?".

"Sim, desde a infância, mas dessa vez eu consegui fugir".

"Isso é sinal de que você amadureceu".

"Ham ham" disse eu confirmando.

"Que história bombástica a sua" disse ela.

"Acho que não é bombástica mas sim triste". "Você também precisa me contar a sua".

"Sim, mas não hoje, chega de tristeza por hoje".

"Com certeza" disse eu limpando as lagrimas.

"Você já sabe o que vai vestir essa noite?"disse ela se animando.

"Não, você me ajuda?".

"Claro, vamos a isso" disse ela abrindo as gavetas".

"Foi bom desabafar, nunca fiz isso, você viu o mais fraco em mim".

"Isso alivia a alma" disse ela me abraçando.

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