Eu choro durante toda a viagem p'ra casa.
Eu odeio minha mãe com todas as minhas forças.
Eu sei que ela nunca se importou com migo. Eu lembro que ela sempre me colocava nas aulas de ballet, natação, aulas de inglês e ela me ameaçava p'ra eu ganhar se eu não ganhasse ela me colocaria no porão e ela sempre dizia que era o melhor p'ra mim mas eu ganhava sempre e nem um "Parabéns" eu recebia. A única pessoa que me dava um era o meu pai.
Ela só queria as medalhas p'ra mostrar p'ras suas amigas e se mostrar p'ra sociedade.
Me lembro como se fosse ontem de todas as vezes que ela me colocou naquele porão imundo e eu sei que hoje estarei lá.
Quando me dou conta, o carro está entrando em casa.
Saio do carro e os meus pais fazem o mesmo. Entramos em casa e minha mãe me puxa pelos cabelos e me dá um tapa na cara quando penso que estou caindo o meu pai me segura."Para com isso Giovanna" disse meu pai.
"Não, nós tivemos uma grande oportunidade de ficar mais ricos do que já somos e ela disperdiçou"
"Mãe para, chega, eu tô cansada de você, quando ė que a senhora vai pensar em mim?, nem parece que eu sou sua filha, você só pensa no dinheiro, reconhecimento, na sociedade e em mim você pensa, e o amor" digo chorando.
"Não pensa que essas lágrimas e blá, blá, blá vão te livrar do porão"
"Então vai, me coloca lá" digo farta de tudo.
Ela me leva para o porão e me tranca.
"Eu te odeio" grito.
Eu já estive tantas vezes aqui e isso não vai me abalar.
Esse porão é muito sujo, empoeirado, até ratos tem aqui por conta dos pratos que ficam aqui por muito tempo.
Uma ideia me vem à cabeça. Mas tenho que esperar eles irem de deitar.
Depois de algumas horas eu levo um garfo no chão, coloco a pontinha do garfo na fechadura e não aceita. Fico ali bastante tempo tentando e finalmente consigo. Quase dou um pulo de alegria.
Pego os meus saltos e vou subindo os degraus de mancinho até que saio no quarto de limpezas. Abro a porta e vou andando pela casa e vou ao meu quarto, pego a mochila e coloco pouca roupa por conta do tempo e saio da casa. A essa hora o chofer já deve estar dormindo.
Tenho que pular o murro porque o portão esta trancado. Primeiro atiro a mochila e em seguida os saltos. É um pouco difivel por conta do vestido e desejaria ter colocado uma calça.
Finalmente consigo pular o murro e sinto um alívio. Finalmente tô independente.
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PROSTITUTA POR ACASO
RomanceAlissa Mayer é uma mulher que vê que a sua vida acaba quando tem que deixar a casa dos seus pais para ir morar na rua porque a mãe era muito exigente, a trancava no porão apesar de eles terem Boas condições. O pai é o único que se importa com ela e...