Welcome to New York.

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[Música: Taylor Swift - Welcome to New York]

Capítulo 1


*POV Emma

O vento primaveril embatia-me diretamente no rosto e dei comigo a fechar os olhos e suspirar. Suspirei uma, duas e três vezes, até abrir os olhos e sorrir com a visão diante de mim.

A cada dia que passava, Nova York ostentava-se a mais bonita cidade alguma vez vista.

Hoje não era um dia diferente de todos os outros. Hoje não era um dia "especial" ou que houvesse uma ocasião diferente ou, até uma data a celebrar. Hoje era só mais um dia em como todos os outros desde que cá chegara, há três anos atrás.

E num instante, três anos se passaram e o meu amor pela cidade só parecia aumentar sem barreiras ou limites. Nunca pensara vir a apreciar tanto uma cidade que não a minha.

Mas, afinal, do que falava eu...? Nova York era a minha cidade. Londres era a minha terra natal, Londres foi onde nasci e me formei enquanto mulher. Mas Nova York... Bolas, Nova Iorque foi a cidade que sedimentou o processo de transformar-me na pessoa que hoje eu era.

"Pareces inspirada." anunciou-se a voz feminina e o meu sorriso cresceu ainda mais.

Um sorriso comprometedor, um sorriso sábio. Um sorriso de uma breve visão dos últimos três anos da minha vida e a familiarização que a sua voz me trazia num sopro quente de amor.

E quando me virei, não me restara domínio algum, arruinando com o meu exército instruído para combate, forçando-me a esboçar o maior sorriso alguma vez presenciado em mim. Bolas.

"Hum, talvez?" dramatizei e no qual desatei a rir.

"Olhem para mim! Emma Crawford de 21 anos em Nova York. Sou maravilhosa, amem-me por favor." gritou ela do outro lado da rua, erguendo o drama a um patamar ridiculamente superior.

Cobri o rosto com as minhas mãos, as minhas bochechas rapidamente haviam adquirido um tom avermelhado e não podia acreditar naquilo que os meus olhos viam e, sobretudo, naquelas barbaridades que os meus ouvidos ouviam. Deus!

Quero dizer, quem queria enganar? Então, afastei as mãos. Limitei-me a sorrir enquanto via a esbelta e alta rapariga olhar para ambos os lados antes de atravessar a rua, com os seus cabelos compridos em ondas soltas perfeitamente imperfeitas e no qual o castanho se misturava com uma leve tonalidade de ruivo disfarçado.

E por que diabo afastara as mãos e estagnara a encarar a rainha do drama enquanto se equiparava uma modelo do desfile da Victoria Secret? Porque essa era a maluca e excêntrica da minha melhor amiga, onde o inesperado era o mais previsível.

"Bons olhos vos vejam, Aléxis Bennett." cortejei-a, aquando da presença dela perto.

"Igualmente o digo, Emma Crawford. Como lhe corre o dia?" o sorriso dela ia de uma ponta da face à outra, cobrindo-lhe e intensificando-lhe a beleza no perfeito sorriso.

"Bom... Agora? Agora a definição encontra-se prestes a ser revista." brinquei e resultado dessa brincadeira recebi o meu merecido empurrão, o mesmo que retribuí com uma gargalhada.

A rapariga dos olhos verde-intenso alargou os braços e puxou-me para um abraço. Possivelmente o abraço mais saudoso e apertado que recebera durante a semana e verdade seja dita...a semana ainda ia a meio.

Havia uma forte possibilidade de que quem a visse, e quem passasse por nós nesta rua, julgasse que não nos veríamos há meses e meses. Mas mal imaginavam estes meros desconhecidos que eu lidava com isto todas as manhãs. Sem exceções.

Loudest Scream 3 - UNTIL (The Endless End)Where stories live. Discover now