Capítulo 2

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Tayla

Olho as vitrines das lojas procurando algo que eu goste, na verdade estou a procura de um vestido para mim

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Olho as vitrines das lojas procurando algo que eu goste, na verdade estou a procura de um vestido para mim. Hoje eu tenho um ensaio fotográfico e preciso de uma roupa para isso. Irei dar uma entrevista para o jornal onde trabalho, de como foi a minha carreira, e como fiz para chegar onde estou.

Depois de muito procurar escolho um vestido azul escuro de mangas longas que tem um cintinho prata na cintura. O vestido tem um caimento muito lindo em meu corpo, e ao mesmo tempo carrega uma formalidade.

Confesso que não gosto muito de fazer compras em algumas lojas, pois lá só vendem roupas para pessoas magras, é como se nós gordinhas não existisse na sociedade. Então foi por esse motivo que comecei a pesquisar lojas que fornecessem roupas para todos os tamanhos, e achei várias lojas maravilhosas com roupas belíssimas.

                                   ♥

— Eu gostei desse aqui Tayla. — Meu melhor amigo de infância fala me mostrando um brinco dourado em formato de uma flor com brilhantes.

— Pois eu não gostei nadinha desse brinco espalhafatoso, Jales. — Olho para ele e depois para a minha caixinha de jóias que está sobre a cama. — Quero algo mais simples, que não chame tanta atenção quanto esse brinco. Se eu usá-lo as pessoas vão olhar diretamente para o brinco e não para mim, e pelo que eu me lembre a matéria é sobre mim e não sobre o brinco. Agora me ajude a encontrar outro que me agrade.

Jales levanta da cama resmungando algo que não consigo escutar e caminha até a minha penteadeira e pega a minha segunda caixinha de jóias.

Ele é simplesmente o melhor amigo que alguém poderia ter, quando eu era apenas uma criança as meninas não queriam ser minha amigas, e foi nessa época que conheci o Jales. Eu tinha apenas cinco anos de idade e ele já tinha seis, Jales nunca me humilhou, nunca se importou com o meu peso e sempre esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis. Hoje ele está noivo e prestes a se casar, a mulher dele não é tão minha amiga, mas nos damos bem. Ela é uma mulher de sorte, pois um homem como o meu amigo não se ache em qualquer esquina.

— O que acha desse? — Ele me mostra um brinco prata bem pequeno com uma bolinha vermelha no meio.

— Vou usá-lo. — Digo batendo palminhas. — Agora procure o colar desse brinco enquanto tomo banho.

— Você está muito folgada senhorita Tayla. — Resmunga.

— Você sabe que eu te amo muito Jales. — Beijo a bochecha dele.

— Você ama me ter como o seu criado. — Jales faz uma careta engraçada.

— Hoje você está mais dramático que o normal. Eu já vou tomar banho para que não corra o risco de chegar atrasada para a sessão de fotos.

— Nunca fui dramático, apenas não sei concordar com as injustiças que a senhora comete, e uma delas é me fazer de seu criado. — Ele cruza os braços me olhando desafiadoramente.

Além de um corpo (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora