Lição 2: É quem você conhece

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Lição 2: É quem você conhece

Visão geral

Nesta lição, você compreenderá como personagens ficcionais derivam de pessoas reais, de carne e osso — e como você pode transformar pessoas reais em personagens ficcionais.

Tempo Estimado

Levará umas 2 horas para completar esta lição.

Objetivos

Após haver completado esta lição, você:

- compreenderá como personagens derivam de pessoas da vida real.

- compreenderá como autores famosos basearam seus personagens em pessoas da vida real.

- compreenderá como utilizar pessoas que você conhece como base para personagens ficcionais.

- terá compilado uma vasta lista de pessoas que você conhece que podem servir como personagens ficcionais.

Atividade

Durante esta lição, você completará a seguinte atividade:

- Atividade de descoberta: Pessoas que você conhece

Dissertação e Debate

Lição 2: É quem você conhece

Se você seguir o exemplo de nove em dez escritores, você começará a escrever suas obras ficcionais elaborando personagens. Mesmo se você for como o inusitado décimo deles, e preferir começar por outra coisa — enredo, cenário, tema, etc. — você precisará de personagens, em algum momento. Sempre há personagens em ficção. (Ou você consegue pensar em alguma exceção?)

Então, a próxima questão lógica deveria ser: de onde vêm os personagens ficcionais? Mais exatamente: de onde seus personagens ficcionais virão?

Personagens vêm de pessoas

Esta é fácil. Personagens virão, na sua ficção, de pessoas da sua vida.

Mas, você se pergunta: e todos aqueles grandes personagens da literatura, que os grandes autores simplesmente inventaram do nada? Personagens que simplesmente se materializaram na página desde o vácuo, como se fossem convocados pelo estalar de dedos de David Copperfield? E estes personagens? Tais personagens não existem na vida real.

Pense um pouco sobre isto. Mesmo se um personagem ficcional não seja inspirado diretamente e conscientemente num único indivíduo conhecido do autor, o personagem provavelmete agirá, interagirá e reagirá como outras pessoas. Se fosse de outro modo, nós não acreditaríamos nele ou nela, portanto, não acreditaríamos na história.

Em outras palavras, não importa quão diferente, quão original, quão único um autor queira que seu personagem seja, mesmo assim, este personagem deve se comportar de maneira reconhecidamente humana. E o único modo como um escritor atinge isto é, em algum âmbito, se inspirando em pessoas que ele tenha observado na vida real.

Então, não fique pensando que o sucesso dos grandes autores é uma questão de poderes criativos que você não possui. Jane Austen, as Irmãs Brönte, Dickens, Vitor Hugo, Henry James, Edith Wharton, Raymond Carver e Toni Morrison, todos eles trabalharam com a mesma matéria-prima.

A matéria-prima é a raça humana. Independente de serem extraordinários, se Heathcliff e o Corcunda (de Notre Dame) não fossem -essencialmente inspirados em pessoas, se não fossem, mesmo que de longe, parecidas com as que conhecemos, nós não nos interessaríamos o bastante por eles para prosseguirmos na leitura. Mesmo os cidadãos quadrúpedes de A Revolução dos Bichos são inspirados em pessoas identificáveis. Na verdade, os porcos no livro de George Orwell são caricaturas de figuras históricas bem específicas: Stalin, Trotsky, entre outros envolvidos na Revolução Russa.

Escrevendo Ficção - Gotham Writer's WorkshopWhere stories live. Discover now