Confusões

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Pelo posicionamento no sol, eram mais ou menos sete horas da noite, ele já estava se pondo. Hora perfeita pra uma troca de turno. E como eu previa, não demorou muito para outros guardas aparecerem para cobrir o período da noite. Antes de se aproximarem dos seus companheiros, eu e o Hyuga os imobilizamos, rapidamente Orochi os surpreendeu com seu veneno de paralisia.

- Jutsu de transformação! - dissemos em uníssono.

Além de nós transformar nos guardas também transformei o Iori em cachorro, por sorte um dos guardas tinha um cachorro ninja que nos foi oportuno. Trocamos com os antigos guardas que foram embora em seguida, tive que ouvir questionamentos do Hyuga.

- Você está ciente que quando derem falta dos guardas vão procurar por invasores?

- Eles não vão se lembrar de nada!

Fiz sinais de mãos o que fez com que Neji, Iori e eu nos transformássemos nos antigos guardas, quando os dorminhocos recobraram a consciência logo assumiram o seu posto. Assim que entramos no vilarejo nos transformamos em uma típica família de turistas. Neji levava consigo algumas de suas economias para emergência, e essa era uma emergência, seguimos para a hospedaria mais simples, o pirralho metido a príncipe resmungou a todo momento, apenas se conformou quando conheceu uma garotinha bonitinha da sua idade, Juli a filha da dona da hospedaria.

O Hyuga, agora com uma aparência mais velha uns trinta anos mais ou menos, observava o pequeno príncipe pela janela. Já fazia um tempo que Iori  brincava com Juli, eles estavam se divertindo e Neji estava se preocupando atoa.

- Sai daí! Ele não vai fugir não...

- Ele já o fez antes, não duvido de nada. Ele meio que se parece com você. - Virou-se em minha direção. - Inconsequente.

Revirei os olhos em resposta.

- Aliás... - Fitou-me com aquelas enormes pérolas que meu jutsu fez questão de manter. - Desde quando você tem habilidades de espionagem?

- Como assim? Espionagem?

- Se disfarçar, infiltração... - aproximou-se. - Isso é realmente preocupante!

- Do que você está querendo me acusar agora?

Neji se explicava, porém, minha atenção estava voltada para os meninos. Ambos brincando, alegres, parecia se conhecer a muito tempo. Iori realmente se parecia comigo, ele era impulsivo e muitas vezes arrogante. Juli era esperta, ardilosa e mais retraída. Juli... Eu olhava para a garota e conseguia ver algo além disso, ela se parecia com Neji, porém, tanto ela quanto o Hyuga me lembravam alguém. Mas... Quem?

- Do que você está falando? - Neji me perguntou. - Ei, o que houve?

- Que?

- Eu que pergunto. Porque estava gritando?

- Gritando?

- É, Akira. Viu alguma coisa?

A dona da pousada entrou no quarto acompanhada pelas crianças. Preocupada, afirmava a todo momento que se eu precisasse de alguma coisa era só chamá-la. Concordei.

- Então... - Neji continuava a me olhar, mas utilizando o Byakugan. - O que aconteceu?

Ele me observava, tentando me decifrar ou tentando me acalmar. Ele agachado de frente pra mim e eu encolhida no canto do quarto. Como eu vim parar aqui? Meus olhos estavam pesados, passei a mão pelo meu rosto e o senti molhado de lágrimas, estava trêmula. Levantei e me deitei na cama ao lado, com a voz rouca pude dizer mesmo com dificuldade "Eu não sei", logo adormeci.

Mira on...

Corria sem destino pelas ruas, sem rumo, segui meus instintos e logo cheguei ao meu destino. Eu não podia ser vista, antes de deixar minha marca nessa cidade, essa cidade que me fez tanto mal. Num galpão repleto de entulhos, eu reconhecia aquele galpão, ahh como conhecia. As mesmas dores que antes que enfraqueciam me deram forças para seguir com meu plano.

Vingança? Não sei se essa seria ser a palavra certa no momento. Acerto de contas. É isso!

Em minhas mãos eu tinha as fotos dos meus próximos alvos. Eu precisava encontrá-la. Eu não sabia seu nome, lembrava muito pouco de seu rosto, porém, deixa rastros e assim podia chegar até ela.

Algumas noites atrás, em Konoha, encontrei algumas pistas dela. Algumas cartas, documentos e anotações de experiências com cobaias humanas realizadas por um tal de Orochimaru. Descobri entre coisas úteis à inúteis, dentre elas, pude descobrir a inicial daquela a quem procuro, cartas entregues a ela com a inicial "A". Um acaso naquela noite atrasou um pouco meus planos, senti que estava sendo perceguida, então tive que fugir, me infiltrei dentro de uma mansão pertencente ao clã Hyuga, havia um quarto desocupado em que pude esconder as tais provas e pistas. Como não pude voltar para pega-las, tive que procurar em outro lugar. 

Perdida em meus pensamentos relacionados à noite anterior nem percebi sendo observada, quando fui me dar conta ele já estava fugindo. Eles. Eram mais de um. Persegui-os até encurralar todos em uma rua sem saída, pelo visto eles não tinham habilidades ninjas senão teriam fugido mais facilmente. Antes de dar um fim àquela situação tive que fazer um interrogatório, mas o interrogatório estilo Mira. Depois de ter as respostas que precisava, acabei com eles e voltei assoviando para o meu esconderijo, aquele assovio fazia com que as aldeias ficassem em alerta eu me orgulhava daquilo. Ser temida era um prazer incomparável.

Voltei a minha atenção para elaborar as próximas fases do meu plano. Primeiro encontraria a "A" e acertaria todas as contas com ela, depois seria a vez de Danzou e Orochimaru e logo após procuraria por sobreviventes do clã Otsutsuki, minha família.

Olá, muito obrigada por lerem até aqui. Tentarei publicar o restante da história com todos os capítulos juntos, eu compreendo como é desgastante  esperar pela publicação uma de cada vez, geralmente até esquecemos aonde parou, em vista disso, esse será o último capítulo de 2017 e depois terminarei primeiro para publicar.

Como podem ver apareceu uma nova personagem na história, com o decorrer da história tudo irá se esclarecer.

Bom espero que estejam gostando e aceito de coração criticas construtivas...

Mil beijocas ❤️❤️❤️😍😍😍😘

Seu gênio idiota!Onde histórias criam vida. Descubra agora