Zayn estava sentado no banco grande do ônibus da Turnê com fones de ouvido enterrados nos ouvidos. Sua mão esquerda acariciava os cabelos de Brandie que dormia com a cabeça deitada em seu colo. Já era quase dez horas de noite e eles estavam a mais ou menos uma hora e meia da próxima e última cidade da tour Francesa. Ele era o único, além do motorista, ainda acordado no ônibus. Se ajeitou no banco sem acordar a menina de modo que pode olhar pela janela. Zayn andava tão pesado mentalmente que suas noites de sono eram longas e cansativas. Depois do dia que se acertou com Brandie era para as coisas melhorarem, não era? Infelizmente ele ainda tinha um namoro com Sally, um contrato assinado e a carreira dos meninos em jogo. Claro, talvez isto fosse o de menos já que eles já haviam conversado e os meninos se puseram a lutar com ele pelo que fosse.
Melhores amigos sempre, certo?!
Sentiu Brandie se mexer virando de lado e agarrando-lhe a cintura carinhosa. Sorriu de lado. Ele estava amando tanto aquela garota, que agora ficar longe dela era difícil como viver sem água. Prendeu o lábio inferior entre os dentes fechando os olhos. Pensou na reação de sua família que ainda não sabia do que vinha acontecendo.
— Brandie?
A menina disparou para a cabine do banheiro e fechou a porta. Ela vinha tendo muitos enjoos. Zayn levantou ajeitando o laço amarrado da bermuda e andou até a cabine. Encostou-se na parede ao lado e bateu devagar na porta, mas não obteve resposta. Girou a maçaneta e a encontrou sentada na tampa do vaso sanitário com as mãos na nuca, os cabelos habilmente presos num coque e os olhos marejados. Ele se pôs agachado na frente dela e descansou a mão na cintura da menina.
— Melhor?
— Ainda não — retorceu o rosto desgostosa — o cheiro deste ônibus está me matando.
— Já vamos chegar, — sorriu de lado — quer deitar na cabine?
Ela negou com a cabeça e fechou os olhos concentrando-se para não sentir o cheiro do ônibus. Não havia nada de diferente no ônibus, mas o balançar e os recentes salgadinhos que ela e os meninos abrirão no ambiente fez uma mistura terrível para os seus sentidos aguçados.
—Ei — Zayn levantou — vamos deitar. Lá deve ter um cheiro melhor. Uh?!
Ela cedeu aos olhos sonolentos dele e levantou da tampa do vaso se ajeitando na blusa grande que vestia dele. Zayn deu espaço para que ela passasse e voltou, apertando o spray de flores campestres para tirar o aroma de vômito do ar fazendo Brandie apertar o passo para longe daquele cubículo.
Eles subiram para a pequena cabine e Zayn puxou a cortina que dava visão para o corredor do ônibus. Deitaram-se um de frente para o outro. Ela fechou os olhos e lutou contra a ânsia que o balançar do ônibus lhe trazia. Zayn a olhava preocupado a cada balançar do veículo. O rosto dela estava pálido e se contorcia.
— Precisa levantar?
— Não — abriu os olhos e sorriu de lado — acho que preciso de mais Taki's.
Zayn arregalou os olhos.
— Isso é sério?
Brandie negou sorrindo e prendeu a respiração em seguida — Agora eu realmente preciso ir ao banheiro.
Mas uma vez ela correu descalça para a cabine e se curvou com pressa sobre o vaso. As viagens de ônibus nunca tinham sido tão torturantes quanto está. Bufou irritada e pousou as mãos na pia retorcendo o rosto ao sentir o gosto de salgadinho de queijo na ponta da língua. Maldito seja Niall Horan por lhe ter dado tantos pacotes. Abriu a torneira e lavou o rosto, em seguida colocou enxaguante bocal no copinho e tomou levando minutos consideráveis fazendo bochecho.
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Big Girls Dont Cry
RomanceBrandie era apenas o anjinho da família Akash. Uma garota de classe média alta, criada em uma família americana, com sangue indiano correndo as veias e os valores religiosos muito fortes. Após descobrir estar grávida, seu pai, a abandona com o jove...