— Aonde estava até está hora?
Zayn largou o telefone sobre o colchão e levantou da cama.
— Eu — a voz dela tremeu e suas mãos apertaram a pequena caixa contra a barriga — eu sai, porquê... — Ele Agarrou o braço dela a fazendo arregalar os olhos no susto e pegou a caixa de sua mão.
— Denna's Candy — ele sorriu de lado e a encarou devolvendo a caixa para ela e largando seu braço — você saiu para comprar doces?
— Não. Eu não sai por isso! — Afirmou num fio de voz.
— Não achei que fosse tão infantil a este ponto! — Ele sorriu sarcástico falando sem pensar. — Da próxima vai sair sem avisar para o playground? — Arqueou a sobrancelha e gargalhou.
As lagrimas que tinham dado lugar ao sorriso surgiram novamente aos olhos dela. O coração dela estava triturado dentro do seu peito, a dor tinha voltado, aquela tão conhecida ardência da magoa dominava seu peito e seus ouvidos só ouviam a risada dele que a maltratava sem dó. Ela queria mandar ele ir embora mais não tinha voz para isso. Desejava ser mais forte. Zayn a olhou mais um pouco. Os cabelos estavam bagunçados de forma que revelava, com toda certeza, que ela não havia penteado ele depois do banho, pois as ondas estavam mais visíveis. Fora uma das coisas que ele tinha reparado no pouco tempo que passou com a menina. Seu cabelo só ficava liso e alinhado quando ela o penteava, quando não, tinham ondas desorganizadas. Isso poderia ser bobo de se observar, mas ele preferia assim, bagunçado. Tão bagunçado quantos os olhos azuis dela, naquele momento.
Não deveria ter sido tão duro com a menina. Ela também precisava sair. Porque ele havia se incomodado tanto? A verdade é que ele gostava de saber que toda vez que chegasse ao quarto dela, Brandie estaria ali, sentada vendo algo na TV ou apenas escrevendo naquele caderno de capa marrom esperando ele entrar com um fio de esperança de que ele ficaria. Ela queria que ele ficasse. Queria poder dormi ao lado dele, talvez tivesse uma noite de sono descente e ele pode-se espantar seus medos, mas Zayn nunca deu tal chance e ela não iria pedir. Algo fora de cogitação.
— Por favor para de chorar! — Falou baixo e tentou aproximar sua mão do rosto dela, mas a garota virou na defensiva.
Ele revirou os olhos a vendo soluçar mordendo a ponta da língua para não explodir novamente. Ele só precisava de uma oportunidade para poder se aproximar e mostrar que estava tentando. Porém não havia muito o que ele pode-se fazer. Abraçar? Ela mal deixava Louise chegar perto dela, ele talvez fosse o último a poder fazer isso.
Zayn se afastou e sentou novamente na cama.
— Tome um banho — ele disse manso — e descanse você precisa disto.
Ela respirou fundo e andou até a cômoda deixando a caixa e pegando um elástico preto ali em cima. Parou em frente ao espelho ao lado e as mãos foram aos cabelos de forma desajeitada embolando os fios num coque. Olhou seu rosto ali e viu suas marcas de sofrimento. Limpou as lágrimas que desceram com a ponta dos dedos. Mordeu o lábio tomando coragem.
— Sangue — suas bochechas arderam ao ver Zayn pelo espelho a olhar curioso — eu vi sangue na minha roupa íntima.
— Como assim?
— Eu fui ao hospital com a ajuda de um rapaz e está tudo bem...— ela voltou a soluçar e abaixou a cabeça com a boca presa entre os dentes — Desculpa!
Foi como se Zayn tivesse atravessado uma parede de concreto maciço. E se fosse pouco à vontade que ele tinha era de se atirar janela a baixo.
Você é um filho da puta!
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Big Girls Dont Cry
Storie d'amoreBrandie era apenas o anjinho da família Akash. Uma garota de classe média alta, criada em uma família americana, com sangue indiano correndo as veias e os valores religiosos muito fortes. Após descobrir estar grávida, seu pai, a abandona com o jove...