Tentativas

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Brandie vinha conversando com outras pessoas, e parecia bem mais feliz do que antes e não precisar tanto de Zayn, como ele parecia precisar dela. A vida dos dois havia se tornado tentativas diárias de felicidade. Esta que parecia escorrer entre os dedos deles tão fácil quanto viera por meios fúteis. Zayn achava sua felicidade nos cigarros ou calma, Brandie em escrever, até alguns falsos momentos de felicidade.

Após aqueles dias de transtorno, a vida de Brandie quase se tornou calma. Um dia a pós o outro ela tentava não pensar em Zayn, apesar de o ver quase todos os dias. A barriga crescia rapidamente e sua estrutura magra revelava logo que ali havia uma criança sendo gestada. Fora de seu quarto era normal, até conseguia sorrir, até mesmo para Louis que ainda jogava uma ou duas piadas maldosas na menina, porém quando entrava em seu mundo era quase impossível não chorar sobre o caderno de folhas molhadas onde registrava seu dia. Zayn também mantinha a distância. O que deixava Marx satisfeito, ele não se preocupava tanto em planejar encontros entre Zayn e Sally, já que o menino mesmo estava marcando-os. A verdade é que Zayn estava usando a jovem para tentar esquecer Brandie, e ser rejeitado por ela só fazia aumentar o que ele sentia. Os dias que se passaram foram mais autodestrutivos do que ele previa. 

O espelho refletia o corpo seminu. Brandie usava somente peças intimas, quando se pegou vidrada em sua barriga redonda. Passou os dedos por toda a pele branca até parar com elas nos próprios seios, que agora eram extremamente maiores e sensíveis. Pôs se de lado olhando sua nova forma corporal. Ainda não havia parado para analisar como estava o seu corpo e só então, notou que havia crescido bastante desde a última consulta a duas semanas. As mãos voltaram para a barriga e ela sorriu de lado. Era estranho aquela sensação que transbordava seu peito. Um menino ou uma menina? O que estava ali? Aos poucos o sorriso sumiu. Não queria nem sonhar em ter uma filha como ela. E que aquilo fosse um menino e assim talvez seu pai o aceitasse como um herdeiro.

Isso jamais aconteceria....

Sacudiu a cabeça espantando os fantasmas de seu passado. Aquilo não era hora para choramingar. Colocou um casaco - verde escuro de tecido fino - e vestiu uma jardineira que havia ganhado de Louise, de seu tempo de grávida. Passou os dedos nos cabelos, calçou as sapatilhas que estava ao lado da porta e saiu do quarto, levando consigo uma bolsa pequena marrom - com o cartão de crédito e o da porta. Não tinha mais a companhia de Carl em sua porta todo dia, somente a noite ele fazia rondas pelos corredores, não só para tomar conta dela como para vigiar os meninos a pedido de Paul.

O elevador ficava no final do corredor e a caminhada parecia infinita. Ia sair escondida. Não queria ninguém a vigiando e para não correr riscos manterias se próxima ao hotel. Entrou no elevador sozinha e encostou na parede olhando para a porta que se fechava e que foi impedida por um pé, ou melhor Oliver, que já lhe lançou um olhar doce.

Antes do rapaz entrar sua pequena irmã o empurrou para o lado com seus braços magrelos e correu para o elevador parando de frente a ela e formando um grande sorriso ao encontrar o rosto corado de Brandie.

Big Girls Dont CryOnde histórias criam vida. Descubra agora