The Spirits of Love • Pjm × Jjk

chapitre quatre

Espírito da Esperança
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Encarava o teto do quarto, ao ritmo que a fraca luz do sol iluminava o local. Sentia a brisa fria, afinal era inverno. Como previsto, mal havia pegado no sono naquela noite. Até porque estava distraído se remoendo por tudo que havia ouvido. Não sabia que horas eram, estava sem forças para ir a faculdade naquele dia. O que era um milagre por si só: nunca faltava aula, a não ser que fosse de extrema urgência. Passou a mão nos olhos, e respirou fundo. Tudo que havia ouvido de Yoongi, fora de enorme ajuda, para ser sincero, mas não mudava o fato de que estava impactado. Pensava em Jungkook, em tudo que ele havia feito por si e que se quer havia percebido. Com todos aqueles fatos a mostra, aquela maldita traição nem era relevante. Não era sobre aquela parte da relação que estava preocupado.

Sem contar no bebê. Céus, aquilo era um choque. Não havia precisado ler o exame, eram tantas as confirmações que recebera num único dia. A última coisa - colocando extremo ênfase em última - que imaginava era que poderia engravidar. Nunca havia passado por sua cabeça, e agora estava ali, jogado na cama, com os olhos vermelhos, problemas no relacionamento e com uma criança em si. Era o caos.

Quando pensou em virar para o lado e dormir novamente, se surpreendeu com o barulho da campainha. Soltou um pigarro, pensando em ignorar. Provavelmente era o sindico do prédio entregando alguma carta. Ou a vizinha que as vezes lhe pedia para cuidar de seu filho para ir ao mercado, mas aquilo era raro, pois quase nunca estava em casa. Suspirou tateando a cama em busca do celular, vendo que passava das 9:00 da manhã. Estava de pijama, mas pouco se importava com a aparência atual, pior que o pijama só a sua cara de morto. Se levantou e caminhou em direção a porta enquanto coçava a nuca e tentava no mínimo ajeitar o cabelo; ação que falhou no final.

Realmente, não havia lhe passado na cabeça, que daria de cara com nada mais nada menos que Jeon Jungkook.

E não sabia definir se ele era a pessoa que mais queria ver, ou o contrário. E ele estava tão encantador, como sempre: a touca escura na cabeça, as roupas simples que lhe caiam tão bem, junto da mochila nas costas. Só que Jimin não sabia o que falar, além de que estava num estado deplorável. E quando Jeon se deu conta disso, quis morrer. Sua cabeça estava lhe massacrando nos últimos dias, e detestava tanto ser a causa da ruina da pessoa que tanto amava. Era como um abismo, a cada segundo, caia mais. Caia num poço de auto depreciação, onde o único culpado era si e sabia disso.

Mas na cabeça de Jimin, a situação era totalmente a contrária. Com tudo que havia ouvido dos espíritos nos últimos dias, não sabia como encarar o namorado de uma forma que não viesse em sua mente todas as vezes que o moreno lhe ajudou ou que fora um tremendo idiota com ele e ele continuou ali. Como já havia sido citado, pouco lhe importava a relação de Seokwoo com Jungkook, apenas queria se redimir com o moreno por conta de tudo que havia o feito passar nos últimos dois anos - quase três. A cabeça de ambos, estava em assuntos distintos, porém interligados.

Jimin sentia a garganta secar e os olhos marejarem. Havia decidido naquele exato momento, que preferia ver Jungkook do que o ignorar. Não porque queria conversar sobre o assunto, mas porque estava tão cansado de tudo aquilo, que os braços daquele que tanto amava parecia a melhor coisa naquele momento. E quando o Park finalmente cedeu, cansado de tudo que estava carregando, a mochila de Jeon foi ao ritmo quando o abraçou o loiro com força. Estava tudo uma tremenda confusão: pois Jimin chorava enquanto pedia desculpas desesperadamente e Jungkook tentava entender o que o loiro queria dizer com tudo aquilo, se quem estava errado, era si.

[...]

Adorava quando mexiam em seu cabelo para lhe acalmar, ainda mais quando era Jungkook que o fazia. O sol se estava presente na sala de estar, e o vento adentrava o local de forma serene. Parecia os dias normais de férias, no qual ficava de bobeira com Jeon, conversando sobre assuntos aleatórios e rindo. A diferença, era que não haviam dito uma única palavra até então. O objetivo parecia ser aproveitar o máximo o bem que o corpo alheio proporcionava, apenas pelo medo das consequências de um dialogo descente. Isso dos dois lados.