💃🏻🕺🏻01. Quebrando paradigmas

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Luana POV'

Ainda não consigo acreditar que perdi meu emprego por causa de uma mentira deslavada de uma riquinha qualquer. Não tão qualquer assim. Afinal ela é a namorada de um cantor e ator, lindo e famoso, mas sim, ela mentiu. Eu não fui irresponsável em derrubar uma bandeja com meia dúzia de copos cheios de bebidas. Já servi muito mais que isso e nunca, nem uma gota caiu de um único copo.

Mas por sorte ninguém se feriu. Só minha dignidade mesmo.

- Luana, eu sinto muito... - Antony falou me encarando.

- Eu entendo Antony, mas o fato de eu entender sua posição, não quer dizer que eu aceito. Mas a vida é assim não é mesmo? Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

- Eu te ligo essa semana ainda para acertar os seus dias...

- Não quero voltar mais aqui. Me paga o que acha que deve.

- Mas...

- Não tinha carteira registrada, lembra?

- O que vai fazer?

- Não faço a mínima ideia... Mas não vou ficar parada esperando o mundo acabar.

- Eu... Se quiser posso tentar falar com o Mateu... Ele é um bom homem.

- Ele deve estar a quilômetros de distância daqui Antony...

- Mas...

- Vai me pagar?

- Tem certeza? Posso marcar pra você vir aqui amanhã... Num horário que ela não esteja...

- Eu não...

- O que há?

- Pode me arrumar pelo menos alguns trocados?

- Quanto precisa?

- Pelo menos para beber alguma coisa e esquecer o que aconteceu por hoje...

- Luana você não é disso.

- Vou fica bem... - respondi vendo-o entrar no vestiário masculino e voltar com um envelope me entregando - Se cuida e qualquer coisa me liga...

- Okay...

Não havia mais o que fazer e sai sem olhar pra trás. Meu ex gerente arrumaria alguém para ajudar o James a continuar servindo os convidados de honra daquela mimada e louca e logo o posto que eu ocupava teria alguém me substituindo. E com a sorte que eu tenho, nenhum lugar aqui iria me contratar para trabalhar, ainda mais se pedissem uma carta de recomendação. Entre um rico e um pobre, todos sabem quem tem a razão. E eu já havia perdido essa.

Iria apenas esperar para receber o pagamento e tentaria a sorte em outra cidade. Ou então voltaria ao Brasil.

Sai encarando o céu que devido tanta iluminação artificial não conseguia ver nenhuma estrela, apesar de não estar nublado e a lua brilhar intensamente.

Encarei a rua na tentativa de achar algum lugar que o pouco dinheiro que estava no envelope pudesse pagar por uns dois ou mais copos de alguma coisa e dei o primeiro passo na calçada.

- Oi... - encarei a pessoa que acompanhou um dos meus passos e mesmo surpresa, não esbocei emoção alguma - Posso falar com você um momento?

- Me desculpe, mas estou com pressa.

- Se aceitar, posso te dar uma carona.

- Seu nome é Harry mesmo?

- Desde que nasci. - ele respondeu tentando ser simpático.

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