💃🏻🕺🏻30. Bom sinal, ou mal sinal?

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Durante todos os dias que fiquei longe falei com a Luana e com minha mãe, e elas me deixam atualizado de tudo que estava acontecendo durante minha ausência.

Ainda não consigo entender como ela não consegue se lembrar de mim, sendo que sorriu abertamente quando viu Valley a frente dela, reconheceu Lincoln no instante em que sentamos para almoçar juntos, e até o Donovan. Parece que é só comigo. E até diria que é castigo por tê-la convencido a se casar comigo. Mas somos felizes juntos, e mesmo ela estando nessa situação, não é diferente.

Sinto ela feliz ao falar comigo pelo celular e eu fico de igual forma. E é óbvio que esse casamento me livrou das armações da gestão, tanto com a Tess ou outra pessoa qualquer. Já estava por exemplo, programado para que eu me encontrasse como se não fosse nada de mais, com uma modelo da Victoria Secrets, assim que o namoro com a Tess terminasse. E aí seria um piscar de olhos para outros rumores surgirem e eu já estar com o pé no altar, e com alguém que não queria.

Sempre foi assim. Nunca pude me relacionar com ninguém por livre e espontânea vontade. Tinha que ser sempre alguém que a gestão escolhia. E a Luana caiu como uma benção em minha vida.

Eu imaginava que em seis meses, ou no máximo um ano, a gente se separaria, mas... Não é isso o que está nos meus planos acontecer. Eu me apaixonei de verdade por ela, de uma forma que não consigo entender como.

E se ela não se lembrar de mim, é castigo sim. Me casei por interesse pessoal pensando apenas em mim, e nunca pensei no que ela poderia pensar ou sentir.

E a única certeza que tenho, é de que a quero ao meu lado sempre.




Luana POV'


Havia chegado da consulta com o cardiologista e com o neuro, e as respostas eram as mesmas. A qualquer momento eu poderia me lembrar do que estava em branco na minha mente, e todos recomendavam repouso absoluto.

Isso era desanimador.

- Como se sente?

- Bem...

- Não me parece...

- Não se preocupe mamãe... Cadê a Lúcia?

- Lá fora... Lincoln tem bastante paciência com ela.

- Tem mesmo. E é bom pra ela... Mas...

- Mas?

- O que aconteceu com a perna dela? - era mais uma coisa que eu não me lembrava - Foi antes ou depois de eu vir pra cá?

- Foi antes... Bem antes...

- Não sei se eu fico com dó dela ou de mim agora. - ri, mas a situação não tinha graça alguma.

- Não pense isso! - minha mãe falou compreensiva - Lúcia está bem e melhorando dia a dia, e graças à você!

- A mim?

- Você praticamente a salvou. Mas não vamos falar disso. Okay. Quer um bolo?

- Não... - falei me deitando.

- Então durma... Se precisar, me chame. - ela beijou meu rosto e saiu do quarto me deixando só... Com meus medos e temores.

Era difícil me sentir bem do jeito que seu estava. Era como se eu não tivesse uma base sólida para minha vida. Algumas pessoas vieram me visitar, mas não reconheci nenhuma delas também. Anne disse que eram do lugar onde eu trabalhava, e eu até quis visitar o lugar, mas me aconselharam a não ir, já que sempre havia pessoas querendo falar comigo ou com o Harry, ou qualquer um que tivesse ligação com a gente. Minha internação era um assunto que causava curiosidade em todos. E os rumores pelas redes sociais eram terríveis.

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